FOTO de Milita
Vilas Boas teve presumível foral dado por D. Afonso IV, no século XIV (1325?), e foral novo de D. Manuel, em 1512. Foi senhorio da Casa de Vila Flor, concelho no qual se veio a integrar aquando da extinção dos seus antigos privilégios, em 1836. Ainda conserva um pelourinho, levantado no largo central da freguesia.
O pelourinho levanta-se sobre plataforma de três degraus quadrangulares, de aresta, completados por um quarto que serve de plinto, com o topo afeiçoado para se aproximar da secção da coluna. Esta tem fuste bastante elevado, quadrado na base, com arestas chanfradas na maior parte da sua altura, de forma a tomar a secção octogonal. Volta a ser quadrado no topo, tendo pequenas saliências a marcar a transição dos chanfros, de resto idênticas a outras na base. O capitel é composto por quatro molduras quadrangulares crescentes, a última formando mesa onde assenta o grande paralelepípedo do remate. É um bloco com faces relevadas com motivos quase inteiramente ilegíveis, distinguindo-se apenas um escudo das quinas. As arestas são decoradas com colunelos catntonais, cingidos por aneis mediais e rematados em bola. A peça terminal é um pináculo curto, em forma de cone embolado, com uma larga esfera achatada. O pelourinho é provavelmente seiscentista.
Sílvia Leite ( IPPA )
FOTO de Albano Nascimento
O primeiro foral de Freixiel datará de 1112, tendo sido outorgado por D. Sancho Fernandes, prior da Ordem do Hospital, a cujo senhorio pertencia então a localidade. Teve foral novo de D. Manuel, em 1515. O concelho foi extinto em 1836, e integrado em Vila Flor, do qual é actual freguesia. Conserva um pelourinho, certamente erguido na sequência do foral manuelino, e situado num largo da povoação.
O pelourinho assenta numa plataforma de quatro degraus quadrangulares de aresta, o térreo parcialmente embebido no terreno, com desnível muito acentuado. O degrau superior serve de base à coluna. Esta tem secção quadrada, que se torna oitavada através do chanframento das arestas a curta distância do arranque, fazendo-se a transição através de diminutas molduras cantonais duplas. O fuste é composto por dois troços unidos por anel rebordante octogonal, sendo o primeiro troço, com cerca de um terço da altura total, de secção ligeiramente superior. No topo destacam-se novamente quatro pequenas saliências cantonais. O capitel é quadrangular, antecedido por duas molduras crescentes. Possui arestas ligeiramente chanfradas, e faces côncavas, ornadas com florões. O remate é constituído por um bloco com a mesma secção do capitel, que parece prolongar. Nas faces ostenta decoração heráldica, quase inteiramente ilegível, à excepção de um escudo nacional apontado, com bordadura de castelos, compondo o tipo mais habitual no reinado de D. Manuel. A peça terminal é uma pirâmide de secção quadrada, alongada, com moldura quadrangular intermédia e coroada por pequena pinha.
Trata-se de um pelourinho manuelino bastante tradicional, em cujo remate terão sido talvez destruídos os restantes elementos heráldicos, que poderiam incluir uma esfera armilar, e ainda simbólica concelhia.
Sílvia Leite (IPPAR)
FOTO de Albano Nascimento
Na pequena povoação de Freixiel, no concelho de Vila Flor, conserva-se ainda hoje a insólita, mas historicamente muito importante, silhueta da antiga forca, vestígio aparentemente único na Península Ibérica. Está implantada numa pequena elevação nos arredores da localidade, na vizinhança do campo onde, segundo a tradição, seriam sepultados os enforcados, a quem estaria vedado o enterramento em solo consagrado. O monumento é constituído pelos dois pilares verticais que sustentariam um elemento horizontal, sendo estes formados por blocos de granito toscamente aparelhados, com c. 3 metros de altura, rematados por singelos cones. O elemento horizontal em falta era geralmente a trave de suspensão do laço, embora a presente forca seja provavelmente de garrote. De facto, a distância a que os orifícios do topo ficam, quer do solo, quer do estrado de madeira que supostamente completaria o conjunto (conforme marcas de desbaste na base dos pilares), é insuficiente para o estrangulamento por suspensão. O estrangulamento por garrote foi, de resto, muito usado em toda a Península desde a Idade Média. SML (IPPAR)
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