Em 1940, com enorme pompa e circunstância, comemorar-se-ia em todo o país o duplo centenário da Nacionalidade (1140/1640/1940). Oitocentos anos de História ficariam assinalados por obras públicas relevantes, escolas básicas («dos centenários»), padrões e monumentos evocativos. De norte a sul. No Porto, os aspectos mais visíveis destas comemorações, que deixariam marcas perduráveis até à actualidade, dizem respeito ao arranjo urbanístico envolvente da Sé, incluindo o respectivo Terreiro, a Calçada de Vandoma, as Escadas da Rainha, S. Sebastião, etc.. E o pelourinho a partir de então considerado por muitos que era o da cidade.
Sobre tudo isto existe um documento (bem elaborado) produzido para acompanhar a efeméride inaugurativa. O título, esmeradíssimo, diz: «Relação ou programa de tudo quanto se vai passar na Calçada de Vandoma, na Casa do Senado, no Terreiro de D. Afonso Henriques e na Sé Catedral da Antiga, Muito Nobre, Sempre Leal e Invicta cidade do Porto, na tarde do dia 7 de Junho, pelas 7 horas e meia.» (vemos que o Terreiro da Sé começou por ser de D. Afonso Henriques, a Casa do Senado era a Câmara Municipal, no Paço do Bispo, e, sendo escrito de portuenses, o documento indicava 7 horas e meia da tarde, bem à inglesa, e não 19 e 30 como agora se usa).
A seguir, o programa informava: «Primeiramente, há-de saber-se que Sua Excelência o chefe do Estado, general António Óscar de Fragoso Carmona, será recebido, com sua comitiva, naquele lugar onde dizem as crónicas ter havido uma porta da cerca primitiva do velho burgo portucalense, chamada de Vandoma, mesmo à entrada da Calçada que de tal porta herdou o nome. E mais se diz que nesse ponto receberá o chefe do Estado das mãos do presidente da Excelentíssima Câmara Municipal do Porto, que é o ilustre professor doutor António Augusto Esteves Mendes Corrêa, as chaves da cidade e estas estão depositadas num cofre de prata bem bonito e mui pesado, trabalhado ao gosto do século XII.» (Quem escreveu o texto não era peco. Sabia que junto da Calçada tinham sido postos a descoberto vestígios, presumíveis, da Cerca Velha. Perto, era o Arco de Vandoma, demolido no século XIX). E prosseguia o programa, minuciosamente, até às fadigas em devir: «Seguirá o chefe do Estado para os Paços do Concelho, não sem ter ouvido primeiro o Hino Nacional, que será cantado pelo Orfeão Académico do Porto. Ao depois, será recebido Sua Excelência na Sala dos Espelhos daqueles Paços, onde descansará um pouco de suas fadigas, que muitas são.»
E, como se tratava de «manifestações espontâneas» organizadas ao pormenor, antevia-se a multidão presente: «Já o Terreiro de D. Afonso Henriques há-de mostrar grande porção de gente que a ele vai acorrer e das varandas das casas que lhe ficam em derredor hão-de pender garridas tapeçarias e outras mostras de festa, tudo de grande valia, mas aquém da importância dos grandes feitos que vão ser comemorados.» (As «garridas tapeçarias» pendiam das varandas do novíssimo Largo Dr. Pedro Vitorino e da Rua de S. Sebastião onde morava o povo que, de atavios, só conhecia as colchas da cama, percebe-se que as tapeçarias eram adereços do espectáculo): «Entrementes, o chefe do Estado, debaixo do pálio, dirigir-se-á para a tribuna forrada de veludos e outros panos que está armada no mesmo Terreiro, após o que as vozes frescas de gentis meninas da Mocidade Portuguesa Feminina se vão erguer para cantarem a composição chamada Pátria Altiva, escrita para este acto pelo maestro Carlos Dubbini.»
De seguida, o bispo do Porto (D. António de Castro Meireles) evocaria os antecessores que fundaram a cidade e «acabada que for a alocução de Sua Excelência Reverendíssima o senhor bispo do Porto, há-de o Excelentíssimo senhor presidente da Câmara Municipal dizer algumas palavras sobre o velho município portucalense, ao jeito de prólogo ao acto que vai seguir-se, qual é o descerramento dum bem lavrado pelourinho que sobre uma traça do século XVIII se levantou no Terreiro onde decorre esta função. Quem descobre o monumento é o venerando chefe do Estado e uma vez arrancadas as bandeiras que tapam aquele padrão toda a gente poderá ver e apreciar a perfeição da obra e seu acabamento esmerado, toda ela em bom granito afeiçoado. De novo se erguem as vozes das gentis meninas da Mocidade Portuguesa Feminina, desta vez para entoarem o Hino da Cidade, composição do maestro Óscar da Silva.» (Ficamos inteirados do momento em que o «bem lavrado pelourinho» foi inaugurado. Como ando há dois decénios a pregar que ele é postiço - o que não invalida «a perfeição da obra e seu acabamento esmerado» -, eis a idade: 64 anos). ( JORNAL NOTICIAS de 02/09/2004
Na antiga localidade de Arrifana do Sousa foi fundada uma villa, no século IX, que viria a dar origem ao concelho de Penafiel. Segundo parece, esta villa teve primeiro foral anterior à nacionalidade, dado ainda pelo Conde D. Henrique, e confirmado por D. Afonso Henriques. Teve ainda foral novo, de D. Manuel, outorgado em 1519. O actual topónimo, ainda que já referenciado documentalmente a partir do século XI, só ficaria definitivamente estabelecido em 1770, quando D. José lhe concedeu o título de cidade. Conserva um pelourinho, hoje levantado na Praça do Município de Penafiel, mas que foi originalmente construído na Arrifana, junto do velho tribunal e cadeia comarcã.
O pelourinho está implantado num dos extremos da praça, junto da cabeceira da Igreja da Misericórdia, sabendo-se que em finais do século XIX e início do século XX se encontrava noutro local do mesmo largo. Eleva-se sobre plataforma singela, circular, sobre a qual assenta a base da coluna, em plinto quadrangular com arestas chanfradas. A coluna possui fuste cilíndrico e liso, sendo rematada por um estreito astrágalo, a partir do qual se desenvolve o remate. Este é constituído por um tronco cónico liso, com perfil côncavo e rebordo inferior, muito alongado, de forma a atravessar uma grande bola, de cujo topo sai a extremidade do cone. Aí se crava uma longa haste de ferro, rematada em cruz de Cristo vazada, e com pequena esfera e bandeirola de catavento a meio.
A tipologia do conjunto sugere construção oitocentista, provavelmente subsequente à elevação de Penafiel a cidade, em 1770.
Sílvia Leite ( IPPAR)
FOTO de Albano Nascimento
A antiga povoação de São Pedro de Rates estava situada na confluência de vários eixos viários importantes desde o domínio romano, e fazia parte de um itinerário compostelano. Não se lhe conhece foral velho, mas era já concelho no século XIII, tendo recebido foral novo de D. Manuel em 1517. Foi extinto em 1836, e integrado na Póvoa de Varzim. O seu pelourinho, testemunho da passada autonomia, ergue-se ainda na localidade, diante dos antigos edifícios da Casa da Câmara, e junto da capela oitocentista de Nossa Senhora da Praça.
O pelourinho é constituído por um soco de três degraus de secção circular, bastante altos, estando embora o térreo, formado por blocos desconjuntados, parcialmente embutido no pavimento (de lajes de cimento). Os dois degraus superiores são semelhantes a grossas mós, e o último destes serve igualmente de base à coluna, que nele encaixa. Esta tem fuste cilíndrico e liso, cingido a meia altura por um estreito anel em ferro. O capitel é um singelo bloco cilíndrico, encimado por anelete rebordante. O remate consta apenas de um tronco cónico alongado, onde se crava uma pequena cruz em ferro, com longa haste inferior. O conjunto é provavelmente quinhentista. SML (IPPAR)
FOTO de Albano Nascimento
A antiga povoação de São Pedro de Rates estava situada na confluência de vários eixos viários importantes desde o domínio romano, e fazia parte de um itinerário compostelano. Não se lhe conhece foral velho, mas era já concelho no século XIII, tendo recebido foral novo de D. Manuel em 1517. Foi extinto em 1836, e integrado na Póvoa de Varzim. O seu pelourinho, testemunho da passada autonomia, ergue-se ainda na localidade, diante dos antigos edifícios da Casa da Câmara, e junto da capela oitocentista de Nossa Senhora da Praça.
O pelourinho é constituído por um soco de três degraus de secção circular, bastante altos, estando embora o térreo, formado por blocos desconjuntados, parcialmente embutido no pavimento (de lajes de cimento). Os dois degraus superiores são semelhantes a grossas mós, e o último destes serve igualmente de base à coluna, que nele encaixa. Esta tem fuste cilíndrico e liso, cingido a meia altura por um estreito anel em ferro. O capitel é um singelo bloco cilíndrico, encimado por anelete rebordante. O remate consta apenas de um tronco cónico alongado, onde se crava uma pequena cruz em ferro, com longa haste inferior. O conjunto é provavelmente quinhentista. SML (IPPAR)
FOTO de Albano Nascimento
O antigo concelho de Azurara, actualmente integrado no concelho de Vila do Conde, recebeu foral do conde D. Henrique (confirmado por D. Afonso) ainda em 1102. A localidade permaneceu durante séculos como um importante porto marítimo, a par da barra de Vila do Conde; a produção de embarcações nos seus estaleiros contribuía para o seu funcionamento como um centro de dinamização da expansão ultramarina. A importância estratégica de Azurara não lhe garantiu novo foral manuelino, mas da passagem de D. Manuel por estas terras, em 1502, resultou um forte impulso no avanço da edificação da então matriz, a Igreja de Santa Maria, no adro da qual se ergue o pelourinho, diante da fachada Norte e junto da entrada lateral.
O soco é constituído por dois degraus circulares, de parapeito. Sobre estes assenta uma singela base prismática, rematada em calote, sustentando o fuste, liso e de seção circular. O capitel é verdadeiramente o remate do pelourinho, em forma de urna, constituída por meia calote esférica decorada com dentículos de tipologia clássica, e por um pescoço sobre o qual se levanta um espigão de ferro. O conjunto inscreve-se geralmente entre as muitas picotas manuelinas que então se ergueram por todo o território; no entanto, e pese embora o apelo da proximidade da igreja referida, cuja construção contou com grande auxílio e interesse da parte de D. Manuel, será de considerar que pelo menos o remate do pelourinho é de elaboração posterior. SML ( IPPAR )
FOTOS de Albano Nascimento
O antigo concelho de Azurara, actualmente integrado no concelho de Vila do Conde, recebeu foral do conde D. Henrique (confirmado por D. Afonso) ainda em 1102. A localidade permaneceu durante séculos como um importante porto marítimo, a par da barra de Vila do Conde; a produção de embarcações nos seus estaleiros contribuía para o seu funcionamento como um centro de dinamização da expansão ultramarina. A importância estratégica de Azurara não lhe garantiu novo foral manuelino, mas da passagem de D. Manuel por estas terras, em 1502, resultou um forte impulso no avanço da edificação da então matriz, a Igreja de Santa Maria, no adro da qual se ergue o pelourinho, diante da fachada Norte e junto da entrada lateral.
O soco é constituído por dois degraus circulares, de parapeito. Sobre estes assenta uma singela base prismática, rematada em calote, sustentando o fuste, liso e de seção circular. O capitel é verdadeiramente o remate do pelourinho, em forma de urna, constituída por meia calote esférica decorada com dentículos de tipologia clássica, e por um pescoço sobre o qual se levanta um espigão de ferro. O conjunto inscreve-se geralmente entre as muitas picotas manuelinas que então se ergueram por todo o território; no entanto, e pese embora o apelo da proximidade da igreja referida, cuja construção contou com grande auxílio e interesse da parte de D. Manuel, será de considerar que pelo menos o remate do pelourinho é de elaboração posterior. SML ( IPPAR )
FOTO de Albano Nascimento
A antiga honra de Louredo foi confirmada por D. Afonso IV em 1342. Veio a ser vila, embora não se lhe conheça carta de foral. A povoação, hoje freguesia do concelho de Paredes, possui ainda um pelourinho, erguido no Lugar do Facho.
O pelourinho ergue-se sobre uma larga plataforma, constando de um murete quadrangular preenchido com terra, pelo que é de presumir que o terreno envolvente tenha sido rebaixado. No centro desta elevação assenta um soco de três degraus quadrangulares, e sobre estes uma base quadrada, com orifício de encaixe da coluna. Esta tem fuste cilíndrico e liso, rematado no topo por anelete e bocel. O remate é constituído por uma peça cúbica, tendo numa das faces o escudo das cinco quinas, flanqueado por três castelos cilíndricos sobrepostos, ao modo de torretas, e encimado por outro castelo idêntico. Sobre o conjunto destaca-se uma coroa régia saliente. SML ( PPAR )
FOTO de Albano Nascimento
A antiga honra de Louredo foi confirmada por D. Afonso IV em 1342. Veio a ser vila, embora não se lhe conheça carta de foral. A povoação, hoje freguesia do concelho de Paredes, possui ainda um pelourinho, erguido no Lugar do Facho.
O pelourinho ergue-se sobre uma larga plataforma, constando de um murete quadrangular preenchido com terra, pelo que é de presumir que o terreno envolvente tenha sido rebaixado. No centro desta elevação assenta um soco de três degraus quadrangulares, e sobre estes uma base quadrada, com orifício de encaixe da coluna. Esta tem fuste cilíndrico e liso, rematado no topo por anelete e bocel. O remate é constituído por uma peça cúbica, tendo numa das faces o escudo das cinco quinas, flanqueado por três castelos cilíndricos sobrepostos, ao modo de torretas, e encimado por outro castelo idêntico. Sobre o conjunto destaca-se uma coroa régia saliente. SML ( IPPAR )
FOTO de Albano Nascimento
Lousada foi elevada a vila e sede de concelho por D. Manuel, em 1514. O concelho foi extinto em 1836, mas apenas durante dois anos, após o que viu restaurada a sua autonomia. Tem pelourinho, geralmente considerado de construção quinhentista, ainda do período manuelino. Esteve implantado em local distinto, tendo sido deslocado para a sua posição actual, nas traseiras da Câmara Municipal, em data incerta do século XX.
O soco no qual se levanta o pelourinho, composto por três degraus quadrangulares de parapeito boleado, é datado da sua reconstrução moderna. Nele assenta a coluna, sobre uma pequena base quadrada, quase totalmente integrada no degrau superior. A coluna é pseudosalomónica, ou seja, tem fuste integralmente espiralado (à direita). Na verdade, o fuste parece ser constituído por um colunelo central, de secção ligeiramente decrescente em direcção ao topo, em torno do qual se enrola uma grossa espiral, cujas espiras são também progressivamente menores. A coluna é rematada em capital circular formado por largo astrágalo, gola lisa, e ábaco em moldura rebordante. O remate é composto por um tabuleiro de secção quadrangular, em três grossas molduras crescentes, sendo a medial trabalhada com motivos geométricos arcaizantes (em pequenos losangos salientes). Ainda existem, nos ângulos da face superior do remate, vestígios dos ferros de sujeição.
O monumento tem uma tipologia pouco comum, não sendo na verdade possível garantir a sua datação. Entre as gentes locais, há quem afirme tratar-se de uma réplica, e não do pelourinho original. A coluna poderia ser muito tardia, correspondendo a modelos utilizados no período barroco, apesar da sua factura tosca. Não é, no entanto, inverosímil que se trate de uma construção manuelina, sabendo-se que neste estilo se recorreu frequentemente a citações antiquizantes, onde tanto caberia a referência salomónica como a decoração geométrica, de sabor românico, do tabuleiro. Ainda acresce o facto de existirem marcas de ferragens no topo do monumento, o que parece contribuir para a sua antiguidade.
Sílvia Leite (PPAR)
FOTO de Albano Nascimento
Lousada foi elevada a vila e sede de concelho por D. Manuel, em 1514. O concelho foi extinto em 1836, mas apenas durante dois anos, após o que viu restaurada a sua autonomia. Tem pelourinho, geralmente considerado de construção quinhentista, ainda do período manuelino. Esteve implantado em local distinto, tendo sido deslocado para a sua posição actual, nas traseiras da Câmara Municipal, em data incerta do século XX.
O soco no qual se levanta o pelourinho, composto por três degraus quadrangulares de parapeito boleado, é datado da sua reconstrução moderna. Nele assenta a coluna, sobre uma pequena base quadrada, quase totalmente integrada no degrau superior. A coluna é pseudosalomónica, ou seja, tem fuste integralmente espiralado (à direita). Na verdade, o fuste parece ser constituído por um colunelo central, de secção ligeiramente decrescente em direcção ao topo, em torno do qual se enrola uma grossa espiral, cujas espiras são também progressivamente menores. A coluna é rematada em capital circular formado por largo astrágalo, gola lisa, e ábaco em moldura rebordante. O remate é composto por um tabuleiro de secção quadrangular, em três grossas molduras crescentes, sendo a medial trabalhada com motivos geométricos arcaizantes (em pequenos losangos salientes). Ainda existem, nos ângulos da face superior do remate, vestígios dos ferros de sujeição.
O monumento tem uma tipologia pouco comum, não sendo na verdade possível garantir a sua datação. Entre as gentes locais, há quem afirme tratar-se de uma réplica, e não do pelourinho original. A coluna poderia ser muito tardia, correspondendo a modelos utilizados no período barroco, apesar da sua factura tosca. Não é, no entanto, inverosímil que se trate de uma construção manuelina, sabendo-se que neste estilo se recorreu frequentemente a citações antiquizantes, onde tanto caberia a referência salomónica como a decoração geométrica, de sabor românico, do tabuleiro. Ainda acresce o facto de existirem marcas de ferragens no topo do monumento, o que parece contribuir para a sua antiguidade.
Sílvia Leite (IPPAR)
FOTO de Albano Nascimento
O primeiro foral das terras de Varzim foi concedido por D. Dinis, em 1308, determinando a constitução de uma pobra (póvoa) que funcionava como concelho independente. D. Manuel concedeu foral novo aos seus moradores no ano de 1514, em resposta às constantes reclamações contra a jurisdição do Mosteiro de Vila do Conde, que detinha direitos sobre o concelho desde 1318. Cerca de duas décadas depois do foral manuelino, em 1537, a Póvoa é incorporada na Coroa, e anexada à comarca do Porto, estabelecendo-se a sua autonomia plena.
O seu pelourinho foi construído na sequência do foral quinhentista, e esteve levantado na cidade, em implantação desconhecida, até 1854. Nesta data, a câmara determinou a sua destruição, por causar dificuldades à circulação automóvel. A coluna foi levada para uma casa particular, e o seu paradeiro é actualmente desconhecido. A esfera armilar do remate conservou-se, estando integrada no actual pelourinho, erguido em finais do século XIX na Praça do Almada, nas imediações dos Paços do Concelho oitocentistas. É a este último monumento que corresponde a classificação.
O actual pelourinho da Póvoa de Varzim assenta num soco de quatro largos degraus quadrangulares, de parapeito boleado, onde assenta um parapelepípedo com faces almofadadas, rematado superiormente por molduras crescentes, e ligando-se ao último degrau por meio de um largo enbasamento. Sobre este plinto repousa o conjunto da base, coluna, capitel e remate. A base da coluna é constituída por três molduras quadrangulares escalonadas, e o fuste é cilíndrico e esguio, sendo lisa a metade inferior, e canelada a superior. É directamente encimada pelo remate, composto por uma peça semelhante a um peão de xadrez, com base formada por três molduras lisas escalonadas e corpo em pináculo liso, encimado por dois aneletes circulares, onde assenta a esfera. Esta é supostamente herdada do pelourinho manuelino, conforme referido. SML (PPAR)
FOTO de Albano Nascimento
O primeiro foral das terras de Varzim foi concedido por D. Dinis, em 1308, determinando a constitução de uma pobra (póvoa) que funcionava como concelho independente. D. Manuel concedeu foral novo aos seus moradores no ano de 1514, em resposta às constantes reclamações contra a jurisdição do Mosteiro de Vila do Conde, que detinha direitos sobre o concelho desde 1318. Cerca de duas décadas depois do foral manuelino, em 1537, a Póvoa é incorporada na Coroa, e anexada à comarca do Porto, estabelecendo-se a sua autonomia plena.
O seu pelourinho foi construído na sequência do foral quinhentista, e esteve levantado na cidade, em implantação desconhecida, até 1854. Nesta data, a câmara determinou a sua destruição, por causar dificuldades à circulação automóvel. A coluna foi levada para uma casa particular, e o seu paradeiro é actualmente desconhecido. A esfera armilar do remate conservou-se, estando integrada no actual pelourinho, erguido em finais do século XIX na Praça do Almada, nas imediações dos Paços do Concelho oitocentistas. É a este último monumento que corresponde a classificação.
O actual pelourinho da Póvoa de Varzim assenta num soco de quatro largos degraus quadrangulares, de parapeito boleado, onde assenta um parapelepípedo com faces almofadadas, rematado superiormente por molduras crescentes, e ligando-se ao último degrau por meio de um largo enbasamento. Sobre este plinto repousa o conjunto da base, coluna, capitel e remate. A base da coluna é constituída por três molduras quadrangulares escalonadas, e o fuste é cilíndrico e esguio, sendo lisa a metade inferior, e canelada a superior. É directamente encimada pelo remate, composto por uma peça semelhante a um peão de xadrez, com base formada por três molduras lisas escalonadas e corpo em pináculo liso, encimado por dois aneletes circulares, onde assenta a esfera. Esta é supostamente herdada do pelourinho manuelino, conforme referido. SML(IPAAR)
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