A povoação de Campo Maior esteve sob domínio árabe até ao início do século XIII, tendo sido finalmente conquistada aos mouros por um nobre de Badajoz, de apelido Peres ou Pérez, em 1219. Em meados do século é elevada à categoria de vila, ainda por determinação de Afonso X, rei de Leão; Campo Maior pertencia então à igreja de Santa Maria do Castelo de Badajoz, cujo bispo, D. Frei Pedro Pérez, provinha da família conquistadora. Foi este mesmo bispo quem lhe outorgou, em 1260, a primeira carta de foral. No entanto, e na sequência do tratado de paz instituído entre Portugal e Castela em 1297, na localidade de Alcanizes, a localidade passa a ser considerada território nacional, recebendo dois anos mais tarde o título de vila portuguesa, ao qual se segue (em 1309) o foral dionisino, e logo a reedificação do castelo, de grande importância estratégica. Com D. Manuel, em 1512, Campo Maior recebe novo foral, sendo incorporada nos bens da coroa.
No entanto, o pelourinho actual terá sido erguido bem mais tarde, de acordo com a sua feição seiscentista (se não mais tardia). No século XVII, e no contexto da Guerra da Restauração, Campo Maior assiste a grandes movimentações bélicas, e à renovação e reconstrução das suas fortificações. Em 1712 a vila é cercada pelo exército inimigo, comandado pelo Marquês de Bay, tendo conseguido, apesar da dureza do prolongado ataque, resistir-lhe. Mas alguns anos mais tarde, em 1732, dá-se o rebentamento de uma das torres do castelo, utilizada como paiol, na sequência da qual a maior parte da vila desaparece. D. João V determina a imediata reconstrução do castelo, e a vila ergue-se lentamente, crescendo bastante ao longo do século. O pelourinho foi provavelmente erguido no entusiasmo do processo da Restauração, talvez até aquando da renovação da malha urbana, após 1732.
Este levanta-se diante dos Paços do Concelho, sobre uma plataforma constituída por cinco degraus quadrangulares, de parapeito com ângulos chanfrados, de factura moderna, resultado de um restauro sofrido pelo monumento em 1939. Sobre este ergue-se a coluna, assente numa base composta, formada por um plinto quadrangular, escócia e troço bojudo. O fuste é poligonal, oitavado, sendo as faces molduradas com estrias rectas. Sobre este destaca-se o capitel, igualmente oitavado e da mesma largura do fuste, cujas faces são decoradas com motivos vegetalistas (folhas nervuradas e onduladas, enrolamentos e botões), alternando com carrancas zoomórficas. O remate assenta numa plataforma poligonal saliente, constando de uma grande esfera decorada com molduras curvas, delicados motivos vegetalistas, e quatro florões em cujos centros estão cravados os quatro ferros de sujeição. Dispostos em cruz, os ferros (em forma de serpes) são bastante elaborados, recurvos, e ainda apresentam as argolas. No topo, em disposição bastante original, está uma escultura perfeitamente barroca, representando a Justiça, com panejamentos plenos de movimento, e exibindo uma espada e balança de pratos em ferro. Da base da escultura consta a inscrição "IUSTISA". O conjunto é em mármore branco, talhado com perfeição. Foi apeado em 1879, e restaurado em 1939, quando se fez de novo o soco. Note-se ainda, como detalhe de interesse histórico, que em 1859 este pelourinho foi ainda palco da execução de três condenados à morte. SML
A povoação de Campo Maior esteve sob domínio árabe até ao início do século XIII, tendo sido finalmente conquistada aos mouros por um nobre de Badajoz, de apelido Peres ou Pérez, em 1219. Em meados do século é elevada à categoria de vila, ainda por determinação de Afonso X, rei de Leão; Campo Maior pertencia então à igreja de Santa Maria do Castelo de Badajoz, cujo bispo, D. Frei Pedro Pérez, provinha da família conquistadora. Foi este mesmo bispo quem lhe outorgou, em 1260, a primeira carta de foral. No entanto, e na sequência do tratado de paz instituído entre Portugal e Castela em 1297, na localidade de Alcanizes, a localidade passa a ser considerada território nacional, recebendo dois anos mais tarde o título de vila portuguesa, ao qual se segue (em 1309) o foral dionisino, e logo a reedificação do castelo, de grande importância estratégica. Com D. Manuel, em 1512, Campo Maior recebe novo foral, sendo incorporada nos bens da coroa.
No entanto, o pelourinho actual terá sido erguido bem mais tarde, de acordo com a sua feição seiscentista (se não mais tardia). No século XVII, e no contexto da Guerra da Restauração, Campo Maior assiste a grandes movimentações bélicas, e à renovação e reconstrução das suas fortificações. Em 1712 a vila é cercada pelo exército inimigo, comandado pelo Marquês de Bay, tendo conseguido, apesar da dureza do prolongado ataque, resistir-lhe. Mas alguns anos mais tarde, em 1732, dá-se o rebentamento de uma das torres do castelo, utilizada como paiol, na sequência da qual a maior parte da vila desaparece. D. João V determina a imediata reconstrução do castelo, e a vila ergue-se lentamente, crescendo bastante ao longo do século. O pelourinho foi provavelmente erguido no entusiasmo do processo da Restauração, talvez até aquando da renovação da malha urbana, após 1732.
Este levanta-se diante dos Paços do Concelho, sobre uma plataforma constituída por cinco degraus quadrangulares, de parapeito com ângulos chanfrados, de factura moderna, resultado de um restauro sofrido pelo monumento em 1939. Sobre este ergue-se a coluna, assente numa base composta, formada por um plinto quadrangular, escócia e troço bojudo. O fuste é poligonal, oitavado, sendo as faces molduradas com estrias rectas. Sobre este destaca-se o capitel, igualmente oitavado e da mesma largura do fuste, cujas faces são decoradas com motivos vegetalistas (folhas nervuradas e onduladas, enrolamentos e botões), alternando com carrancas zoomórficas. O remate assenta numa plataforma poligonal saliente, constando de uma grande esfera decorada com molduras curvas, delicados motivos vegetalistas, e quatro florões em cujos centros estão cravados os quatro ferros de sujeição. Dispostos em cruz, os ferros (em forma de serpes) são bastante elaborados, recurvos, e ainda apresentam as argolas. No topo, em disposição bastante original, está uma escultura perfeitamente barroca, representando a Justiça, com panejamentos plenos de movimento, e exibindo uma espada e balança de pratos em ferro. Da base da escultura consta a inscrição "IUSTISA". O conjunto é em mármore branco, talhado com perfeição. Foi apeado em 1879, e restaurado em 1939, quando se fez de novo o soco. Note-se ainda, como detalhe de interesse histórico, que em 1859 este pelourinho foi ainda palco da execução de três condenados à morte. SML
A povoação de Campo Maior esteve sob domínio árabe até ao início do século XIII, tendo sido finalmente conquistada aos mouros por um nobre de Badajoz, de apelido Peres ou Pérez, em 1219. Em meados do século é elevada à categoria de vila, ainda por determinação de Afonso X, rei de Leão; Campo Maior pertencia então à igreja de Santa Maria do Castelo de Badajoz, cujo bispo, D. Frei Pedro Pérez, provinha da família conquistadora. Foi este mesmo bispo quem lhe outorgou, em 1260, a primeira carta de foral. No entanto, e na sequência do tratado de paz instituído entre Portugal e Castela em 1297, na localidade de Alcanizes, a localidade passa a ser considerada território nacional, recebendo dois anos mais tarde o título de vila portuguesa, ao qual se segue (em 1309) o foral dionisino, e logo a reedificação do castelo, de grande importância estratégica. Com D. Manuel, em 1512, Campo Maior recebe novo foral, sendo incorporada nos bens da coroa.
No entanto, o pelourinho actual terá sido erguido bem mais tarde, de acordo com a sua feição seiscentista (se não mais tardia). No século XVII, e no contexto da Guerra da Restauração, Campo Maior assiste a grandes movimentações bélicas, e à renovação e reconstrução das suas fortificações. Em 1712 a vila é cercada pelo exército inimigo, comandado pelo Marquês de Bay, tendo conseguido, apesar da dureza do prolongado ataque, resistir-lhe. Mas alguns anos mais tarde, em 1732, dá-se o rebentamento de uma das torres do castelo, utilizada como paiol, na sequência da qual a maior parte da vila desaparece. D. João V determina a imediata reconstrução do castelo, e a vila ergue-se lentamente, crescendo bastante ao longo do século. O pelourinho foi provavelmente erguido no entusiasmo do processo da Restauração, talvez até aquando da renovação da malha urbana, após 1732.
Este levanta-se diante dos Paços do Concelho, sobre uma plataforma constituída por cinco degraus quadrangulares, de parapeito com ângulos chanfrados, de factura moderna, resultado de um restauro sofrido pelo monumento em 1939. Sobre este ergue-se a coluna, assente numa base composta, formada por um plinto quadrangular, escócia e troço bojudo. O fuste é poligonal, oitavado, sendo as faces molduradas com estrias rectas. Sobre este destaca-se o capitel, igualmente oitavado e da mesma largura do fuste, cujas faces são decoradas com motivos vegetalistas (folhas nervuradas e onduladas, enrolamentos e botões), alternando com carrancas zoomórficas. O remate assenta numa plataforma poligonal saliente, constando de uma grande esfera decorada com molduras curvas, delicados motivos vegetalistas, e quatro florões em cujos centros estão cravados os quatro ferros de sujeição. Dispostos em cruz, os ferros (em forma de serpes) são bastante elaborados, recurvos, e ainda apresentam as argolas. No topo, em disposição bastante original, está uma escultura perfeitamente barroca, representando a Justiça, com panejamentos plenos de movimento, e exibindo uma espada e balança de pratos em ferro. Da base da escultura consta a inscrição "IUSTISA". O conjunto é em mármore branco, talhado com perfeição. Foi apeado em 1879, e restaurado em 1939, quando se fez de novo o soco. Note-se ainda, como detalhe de interesse histórico, que em 1859 este pelourinho foi ainda palco da execução de três condenados à morte. SML
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