O território onde se situa a cidade de Bragança foi habitado desde o Paleolítico, de acordo com os inúmeros achados arqueológicos na região. Alguns destes tornaram-se verdadeiros ex-libris das povoações onde se encontram, convivendo ao longo dos séculos com monumentos muito posteriores. Assim se passa com a escultura que constitui a base do pelourinho de Bragança, como veremos adiante, e que é presumivelmente um monumento proto-histórico.
Após uma longa história de sucessivos povoamentos e subsequentes arrasamentos, a localidade, numa região de grande importância estratégica, foi reerguida em 1130 por ordem de Fernão Mendes, futuro cunhado de D. Afonso Henriques, e tenens de Bragança entre 1128 e 1145. Em 1187, D. Sancho I concede foral à povoação, então já referida como civitate Bragancia, mandando erguer o castelo no lugar de Benquerença, pertencente ao Mosteiro de Castro de Avelãs. A vila torna-se ducado em 1422, a par da criação da Casa de Bragança, sendo o primeiro duque D. Afonso, filho natural de D. João I. O segundo duque, D. Fernando, conseguiu de D. Afonso V a elevação da vila de Bragança à categoria de cidade, em 1464. Seguiu-se foral novo dado por D. Manuel, em 1514.
À doação de foral manuelino seguia-se habitualmente a construção de um pelourinho novo, e assim aconteceu na maioria dos casos, em todo o país. Em Bragança, ao que tudo indica, manteve-se o pelourinho antigo, presumivelmente do século XIII, que ainda hoje se ergue no interior do recinto amuralhado.
Este monumento implantar-se-ia primitivamente junto à famosa Domus Municipalis bragantina, levantando-se a partir de 1860 num pequeno largo outrora ocupado pela Igreja de São Pedro, perto da Torre de Menagem. Sobre um soco de quatro degraus octogonais, de rebordo boleado, levanta-se o conjunto da base, coluna, capitel e remate, em granito. A base constitui uma das suas maiores particularidades, visto tratar-se da já referida escultura proto-histórica (talvez da Idade do Ferro, c. 500 a.C.) de um berrão, ou varrasco, frequente no nordeste transmontano, ligada a um culto totémico, e conhecida em Bragança por Porca da Vila. O dorso do berrão é trespassado pela coluna do pelourinho, que assenta no degrau superior da plataforma, e seria adicionalmente fixado à escultura através de um espigão atravessando-a na horizontal, vendo-se os respectivos orifícios no seu flanco. O fuste da coluna é cilíndrico e liso, elevando-se a mais de seis metros de altura, e interrompido no terço superior por um anel de pedra; no seu topo encaixa um capitel em largo anel cilíndrico, de onde irrompem quatro braços em cruz. Cada braço, semelhante a uma gárgula, é rematado por representações morfológicas e zoomórficas, figurando duas carrancas opostas, e ainda uma ave e um cão. Os intervalos entre os braços são preenchidos com relevos dificilmente legíveis, aparentemente cenas de suplícios. Sobre o capitel eleva-se uma grande figura fantástica, de bocarra aberta, que serve de tenente a um brasão, apresentado entre as suas quatro patas em garra: de um lado vêem-se cinco quinas, do outro um castelo (torre).
Sendo certo que não é possível datar com exactidão este pelourinho, tem sido aceite pela generalidade dos autores tratar-se de obra do século XIII. Note-se que a sua tipologia românica não seria desagradável ao gosto manuelino, nas primeiras décadas de Quinhentos, quando elementos do repertório artístico dos primeiros séculos da nacionalidade eram frequentemente reproduzidos. De resto, este pelourinho é tido como o primeiro de uma série de monumentos semelhantes, justamente classificados como "de tipo bragançano" (Luís CHAVES, 1938), e cuja maioria dos exemplares é manuelina. Quanto aos berrões, mencionados por João de Barros em 1545 (como bois), eram então considerados herança "do tempo dos gregos", e seriam provavelmente valorizados e conservados. SML
O território onde se situa a cidade de Bragança foi habitado desde o Paleolítico, de acordo com os inúmeros achados arqueológicos na região. Alguns destes tornaram-se verdadeiros ex-libris das povoações onde se encontram, convivendo ao longo dos séculos com monumentos muito posteriores. Assim se passa com a escultura que constitui a base do pelourinho de Bragança, como veremos adiante, e que é presumivelmente um monumento proto-histórico.
Após uma longa história de sucessivos povoamentos e subsequentes arrasamentos, a localidade, numa região de grande importância estratégica, foi reerguida em 1130 por ordem de Fernão Mendes, futuro cunhado de D. Afonso Henriques, e tenens de Bragança entre 1128 e 1145. Em 1187, D. Sancho I concede foral à povoação, então já referida como civitate Bragancia, mandando erguer o castelo no lugar de Benquerença, pertencente ao Mosteiro de Castro de Avelãs. A vila torna-se ducado em 1422, a par da criação da Casa de Bragança, sendo o primeiro duque D. Afonso, filho natural de D. João I. O segundo duque, D. Fernando, conseguiu de D. Afonso V a elevação da vila de Bragança à categoria de cidade, em 1464. Seguiu-se foral novo dado por D. Manuel, em 1514.
À doação de foral manuelino seguia-se habitualmente a construção de um pelourinho novo, e assim aconteceu na maioria dos casos, em todo o país. Em Bragança, ao que tudo indica, manteve-se o pelourinho antigo, presumivelmente do século XIII, que ainda hoje se ergue no interior do recinto amuralhado.
Este monumento implantar-se-ia primitivamente junto à famosa Domus Municipalis bragantina, levantando-se a partir de 1860 num pequeno largo outrora ocupado pela Igreja de São Pedro, perto da Torre de Menagem. Sobre um soco de quatro degraus octogonais, de rebordo boleado, levanta-se o conjunto da base, coluna, capitel e remate, em granito. A base constitui uma das suas maiores particularidades, visto tratar-se da já referida escultura proto-histórica (talvez da Idade do Ferro, c. 500 a.C.) de um berrão, ou varrasco, frequente no nordeste transmontano, ligada a um culto totémico, e conhecida em Bragança por Porca da Vila. O dorso do berrão é trespassado pela coluna do pelourinho, que assenta no degrau superior da plataforma, e seria adicionalmente fixado à escultura através de um espigão atravessando-a na horizontal, vendo-se os respectivos orifícios no seu flanco. O fuste da coluna é cilíndrico e liso, elevando-se a mais de seis metros de altura, e interrompido no terço superior por um anel de pedra; no seu topo encaixa um capitel em largo anel cilíndrico, de onde irrompem quatro braços em cruz. Cada braço, semelhante a uma gárgula, é rematado por representações morfológicas e zoomórficas, figurando duas carrancas opostas, e ainda uma ave e um cão. Os intervalos entre os braços são preenchidos com relevos dificilmente legíveis, aparentemente cenas de suplícios. Sobre o capitel eleva-se uma grande figura fantástica, de bocarra aberta, que serve de tenente a um brasão, apresentado entre as suas quatro patas em garra: de um lado vêem-se cinco quinas, do outro um castelo (torre).
Sendo certo que não é possível datar com exactidão este pelourinho, tem sido aceite pela generalidade dos autores tratar-se de obra do século XIII. Note-se que a sua tipologia românica não seria desagradável ao gosto manuelino, nas primeiras décadas de Quinhentos, quando elementos do repertório artístico dos primeiros séculos da nacionalidade eram frequentemente reproduzidos. De resto, este pelourinho é tido como o primeiro de uma série de monumentos semelhantes, justamente classificados como "de tipo bragançano" (Luís CHAVES, 1938), e cuja maioria dos exemplares é manuelina. Quanto aos berrões, mencionados por João de Barros em 1545 (como bois), eram então considerados herança "do tempo dos gregos", e seriam provavelmente valorizados e conservados. SML
O território onde se situa a cidade de Bragança foi habitado desde o Paleolítico, de acordo com os inúmeros achados arqueológicos na região. Alguns destes tornaram-se verdadeiros ex-libris das povoações onde se encontram, convivendo ao longo dos séculos com monumentos muito posteriores. Assim se passa com a escultura que constitui a base do pelourinho de Bragança, como veremos adiante, e que é presumivelmente um monumento proto-histórico.
Após uma longa história de sucessivos povoamentos e subsequentes arrasamentos, a localidade, numa região de grande importância estratégica, foi reerguida em 1130 por ordem de Fernão Mendes, futuro cunhado de D. Afonso Henriques, e tenens de Bragança entre 1128 e 1145. Em 1187, D. Sancho I concede foral à povoação, então já referida como civitate Bragancia, mandando erguer o castelo no lugar de Benquerença, pertencente ao Mosteiro de Castro de Avelãs. A vila torna-se ducado em 1422, a par da criação da Casa de Bragança, sendo o primeiro duque D. Afonso, filho natural de D. João I. O segundo duque, D. Fernando, conseguiu de D. Afonso V a elevação da vila de Bragança à categoria de cidade, em 1464. Seguiu-se foral novo dado por D. Manuel, em 1514.
À doação de foral manuelino seguia-se habitualmente a construção de um pelourinho novo, e assim aconteceu na maioria dos casos, em todo o país. Em Bragança, ao que tudo indica, manteve-se o pelourinho antigo, presumivelmente do século XIII, que ainda hoje se ergue no interior do recinto amuralhado.
Este monumento implantar-se-ia primitivamente junto à famosa Domus Municipalis bragantina, levantando-se a partir de 1860 num pequeno largo outrora ocupado pela Igreja de São Pedro, perto da Torre de Menagem. Sobre um soco de quatro degraus octogonais, de rebordo boleado, levanta-se o conjunto da base, coluna, capitel e remate, em granito. A base constitui uma das suas maiores particularidades, visto tratar-se da já referida escultura proto-histórica (talvez da Idade do Ferro, c. 500 a.C.) de um berrão, ou varrasco, frequente no nordeste transmontano, ligada a um culto totémico, e conhecida em Bragança por Porca da Vila. O dorso do berrão é trespassado pela coluna do pelourinho, que assenta no degrau superior da plataforma, e seria adicionalmente fixado à escultura através de um espigão atravessando-a na horizontal, vendo-se os respectivos orifícios no seu flanco. O fuste da coluna é cilíndrico e liso, elevando-se a mais de seis metros de altura, e interrompido no terço superior por um anel de pedra; no seu topo encaixa um capitel em largo anel cilíndrico, de onde irrompem quatro braços em cruz. Cada braço, semelhante a uma gárgula, é rematado por representações morfológicas e zoomórficas, figurando duas carrancas opostas, e ainda uma ave e um cão. Os intervalos entre os braços são preenchidos com relevos dificilmente legíveis, aparentemente cenas de suplícios. Sobre o capitel eleva-se uma grande figura fantástica, de bocarra aberta, que serve de tenente a um brasão, apresentado entre as suas quatro patas em garra: de um lado vêem-se cinco quinas, do outro um castelo (torre).
Sendo certo que não é possível datar com exactidão este pelourinho, tem sido aceite pela generalidade dos autores tratar-se de obra do século XIII. Note-se que a sua tipologia românica não seria desagradável ao gosto manuelino, nas primeiras décadas de Quinhentos, quando elementos do repertório artístico dos primeiros séculos da nacionalidade eram frequentemente reproduzidos. De resto, este pelourinho é tido como o primeiro de uma série de monumentos semelhantes, justamente classificados como "de tipo bragançano" (Luís CHAVES, 1938), e cuja maioria dos exemplares é manuelina. Quanto aos berrões, mencionados por João de Barros em 1545 (como bois), eram então considerados herança "do tempo dos gregos", e seriam provavelmente valorizados e conservados. SML
O território onde se situa a cidade de Bragança foi habitado desde o Paleolítico, de acordo com os inúmeros achados arqueológicos na região. Alguns destes tornaram-se verdadeiros ex-libris das povoações onde se encontram, convivendo ao longo dos séculos com monumentos muito posteriores. Assim se passa com a escultura que constitui a base do pelourinho de Bragança, como veremos adiante, e que é presumivelmente um monumento proto-histórico.
Após uma longa história de sucessivos povoamentos e subsequentes arrasamentos, a localidade, numa região de grande importância estratégica, foi reerguida em 1130 por ordem de Fernão Mendes, futuro cunhado de D. Afonso Henriques, e tenens de Bragança entre 1128 e 1145. Em 1187, D. Sancho I concede foral à povoação, então já referida como civitate Bragancia, mandando erguer o castelo no lugar de Benquerença, pertencente ao Mosteiro de Castro de Avelãs. A vila torna-se ducado em 1422, a par da criação da Casa de Bragança, sendo o primeiro duque D. Afonso, filho natural de D. João I. O segundo duque, D. Fernando, conseguiu de D. Afonso V a elevação da vila de Bragança à categoria de cidade, em 1464. Seguiu-se foral novo dado por D. Manuel, em 1514.
À doação de foral manuelino seguia-se habitualmente a construção de um pelourinho novo, e assim aconteceu na maioria dos casos, em todo o país. Em Bragança, ao que tudo indica, manteve-se o pelourinho antigo, presumivelmente do século XIII, que ainda hoje se ergue no interior do recinto amuralhado.
Este monumento implantar-se-ia primitivamente junto à famosa Domus Municipalis bragantina, levantando-se a partir de 1860 num pequeno largo outrora ocupado pela Igreja de São Pedro, perto da Torre de Menagem. Sobre um soco de quatro degraus octogonais, de rebordo boleado, levanta-se o conjunto da base, coluna, capitel e remate, em granito. A base constitui uma das suas maiores particularidades, visto tratar-se da já referida escultura proto-histórica (talvez da Idade do Ferro, c. 500 a.C.) de um berrão, ou varrasco, frequente no nordeste transmontano, ligada a um culto totémico, e conhecida em Bragança por Porca da Vila. O dorso do berrão é trespassado pela coluna do pelourinho, que assenta no degrau superior da plataforma, e seria adicionalmente fixado à escultura através de um espigão atravessando-a na horizontal, vendo-se os respectivos orifícios no seu flanco. O fuste da coluna é cilíndrico e liso, elevando-se a mais de seis metros de altura, e interrompido no terço superior por um anel de pedra; no seu topo encaixa um capitel em largo anel cilíndrico, de onde irrompem quatro braços em cruz. Cada braço, semelhante a uma gárgula, é rematado por representações morfológicas e zoomórficas, figurando duas carrancas opostas, e ainda uma ave e um cão. Os intervalos entre os braços são preenchidos com relevos dificilmente legíveis, aparentemente cenas de suplícios. Sobre o capitel eleva-se uma grande figura fantástica, de bocarra aberta, que serve de tenente a um brasão, apresentado entre as suas quatro patas em garra: de um lado vêem-se cinco quinas, do outro um castelo (torre).
Sendo certo que não é possível datar com exactidão este pelourinho, tem sido aceite pela generalidade dos autores tratar-se de obra do século XIII. Note-se que a sua tipologia românica não seria desagradável ao gosto manuelino, nas primeiras décadas de Quinhentos, quando elementos do repertório artístico dos primeiros séculos da nacionalidade eram frequentemente reproduzidos. De resto, este pelourinho é tido como o primeiro de uma série de monumentos semelhantes, justamente classificados como "de tipo bragançano" (Luís CHAVES, 1938), e cuja maioria dos exemplares é manuelina. Quanto aos berrões, mencionados por João de Barros em 1545 (como bois), eram então considerados herança "do tempo dos gregos", e seriam provavelmente valorizados e conservados. SML
O primeiro foral dado á vila de Mogadouro tem a data de 27 de Dezembro de 1272, e o segundo a 18 de Novembro de 1273. O foral Manuelino é de 4 de Maio de 1512.
Pelourinho quinhentista de granito, remontando, provavelmente, ao século XVIII, situado na Praça do Município. Tem um fuste quadrangular decorado, sustentado por quatro degraus. Os bordos superiores do capitel são ornados por cordões.Trata-se de um pelourinho de tabuleiro,profusamente decorado, com quatro pináculos rematados pela esfera armilar e por uma flor-de-lis.
FOTO de Albano Nascmento
Torre de Moncorvo, ou Torre de Mendo Corvo, como a localidade foi conhecida ao longo da Idade Média, em referência a um seu lendário fundador, pertenceu ao florescente concelho de Santa Cruz da Vilariça até 1285, quando recebeu foral dionisino. O concelho, que chegou a ser a maior comarca do reino, teve foral novo outorgado por D. Manuel, em 1512, na sequência do qual terá sido levantado o pelourinho hoje classificado. O monumento erguia-se no maior largo da localidade, hoje Praça da República, mas foi apeado da sua localização original por alegadamente representar um obstáculo à circulação. Foi primeiramente encostado a um dos poucos troços ainda existentes das muralhas do castelo, mas acabou por ser desmantelado, perdendo-se a maior parte das peças que o constituíam. Restam actualmente dois fragmentos, à guarda da Câmara Municipal, finalmente apresentados ao público com alguma dignidade. Os fragmentos, em granito, são oitavados, resultando do chanframento das arestas de paralelepípedos de secção quadrada. Um deles, mais curto, é ornamentado com uma esfera armilar em alto relevo, e o outro, mais comprido, exibe um escudo de Portugal coroado, de face côncava. SML ( IPPAR )
FOTO de Albano Nascimento
Penas Roias, ou Penarróias, teve foral dado por D. Afonso III, em 1272, e foral novo concedido por D. Manuel, em 1512. Segundo as Inquirições de 1258, a povoação pertencia à coroa, tendo sido doada no início do século XIII, por D. Sancho I, à Ordem dos Templários. Com a extinção desta, passou para a posse da Ordem de Cristo. Os Marqueses de Távora, comendadores de Cristo, foram senhores de Penas Roias até 1759. Como testemunho do seu antigo estatuto de concelho, e da autonomia administrativa de que então gozava, deveria existir um pelourinho, de resto imortalizado no desenho que Duarte de Armas dele fez, incluído no Livro das Fortalezas do Reino (1509-1510). De acordo com o referido desenho, tratar-se-ia de um pelourinho de gaiola, do qual nada resta actualmente. No entanto, terá sido levantado um pelourinho posterior, que está em fragmentos, na sua maior parte perdidos. Aparentemente, um troço de coluna granítica, de fuste liso e secção circular, que integra a ombreira de um porta na vila, pertenceu a este último pelourinho, possivelmente semelhante ao do Mogadouro (singelo e tosco pelourinho de coluna lisa e de proporções atarracadas, oitavado num caso e liso no outro, e remate tronco-piramidal com boleados). SML ( IPPAR )
FOTO de Albano Nascimento
Azinhoso, actual freguesia do concelho de Mogadouro, chegou a ser vila e sede de concelho, com grandes privilégios e importância, mesmo à escala nacional. Designada como Azinoso nas Inquirições de 1258, a povoação recebeu foral de D. João I em 1386, dado após a permanência do monarca nas Eiras de El Rei, após o episódio do alardo de Vilariça, quando se dirigia para Moncorvo. D. Manuel outorgou-lhe foral novo em 1520, na sequência do qual se terá erguido o pelourinho, último testemunho da antiga autonomia municipal.
O monumento levanta-se junto da vetusta igreja paroquial, de estilo românico-gótico, no tranquilo largo principal de Azinhoso. Assenta em soco de três degraus quadrangulares, sendo o inferior mais tosco e de aresta, e os dois superiores de rebordo boleado. É constituído por base, coluna, arremedo de capitel e remate. A base da coluna é uma peça cilíndrica larga, com o topo alteado e côncavo, de forma a igualar o diâmetro do fuste que nela assenta. Este possui um ligeiro ressalto na base, e é composto por dois tambores cilíndricos, lisos. No topo existe uma moldura anelar saliente, de onde irrompe o capitel. Este é na verdade um simples tronco cilíndrico, de onde irrompem quatro curtos braços em cruz, talhados numa forma sinuosa, evocando os braços de ferro em serpes que muitos pelourinhos possuem. É encimado por uma série de besantes e uma corda, única decoração do conjunto, e rematado por uma peça tronco-cónica. É semelhante aos vizinhos pelourinhos de Mogadouro e Bemposta. SML ( IPPAR )
FOTO de Albano Nascimento
O pelourinho de Castro Vicente foi construído no século XVII, possivelmente em substituição de um anterior, edificado cerca de uma centúria antes. Implanta-se na principal praça da localidade, sobre plataforma de cinco degraus oitavados. A composição é muito simples, limitando-se a um fuste de tambores (apresentando já assinalável desgaste) e remate em capitel paralelipipédico, ornamentado numa das faces com o escudo do reino de Portugal. Finalmente, sobre o capitel exibe-se um pequeno pináculo cónico, que dá maior elegância ao conjunto e reforça a sua altura.
Castro Vicente teve relativa importância regional no final da Idade Média, em particular no reinado de D. Fernando, que doou a localidade a alguns dos seus partidários no complexo momento militar que então se vivia. O primeiro foral, todavia, foi doado por D. Dinis, em 1305, e com D. Manuel renovou-se o estatuto concelhio, que só terminou em 1836, na ampla reforma liberal que alterou radicalmente o mapa administrativo do país.
PAF ( IPPAR )
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