FOTOS de Albano Nascimento
O pelourinho de Barcelos é um dos mais emblemáticos pelourinhos nacionais, pelo refinamento artístico da sua concepção. Como a generalidade destes elementos, divide-se em quatro partes fundamentais: plataforma (de quatro degraus), base (neste caso bastante volumosa), fuste hexagonal de grande altura e terminação em gaiola igualmente hexagonal, antecedida por um pequeno capitel decorado inferiormente por um encordoado.
A gaiola é, sem dúvida, o elemento de maior interesse, desenhado como se de uma micro-arquitectura se tratasse. Compõe-se de uma estrutura contrafortada rematada por pináculos, que delimitam o espaço interior da gaiola, esta aberta a partir de janelas. O conjunto é rematado por um pináculo multifacetado que prolonga ainda mais em altura o pelourinho.
Por estes dados, percebe-se como o pelourinho de Barcelos é um dos que melhor atestam o poder simbólico que presidia à construção destes marcos. Quer pela sua altura (hoje reforçada pelo local de destaque que ocupa), quer pela excelência do seu trabalho escultórico, ele testemunha o grau de importância e de carga simbólica da autoridade concelhia no amplo processo de renovação de forais passada por D. Manuel.
Ao longo da sua história, este pelourinho conheceu três localizações distintas. Originalmente, situava-se no amplo largo traseiro à colegiada, diante dos Paços Municipais e dando directamente para o declive que conduzia ao rio. No século XVII, mercê da radical mutação urbanística proporcionada pela capela do Senhor da Cruz e pelo terreiro da feira, este símbolo de autoridade municipal foi deslocado para o Largo da Porta Nova, onde permaneceu até ao século XIX. Nesta última centúria, foi desmontado e disperso, perdida a função para a que tinha sido concebido. O processo de monumentalização das ruínas do Paço condal, e a organização do Museu Arqueológico de Barcelos, determinou nova transferência, desta vez impulsionada por António Ferraz, um dos mais importantes investigadores locais (ALMEIDA, 1990, p.41). O local então escolhido foi o largo defronte da Colegiada de Santa Maria, sítio que ainda hoje ocupa, em posição dominante sobre a ponte medieval e a tradicional entrada na cidade, para quem se desloca do Sul.
PAF ( IPPAR)
FOTO de Albano Nascimento
O pelourinho de Barcelos é um dos mais emblemáticos pelourinhos nacionais, pelo refinamento artístico da sua concepção. Como a generalidade destes elementos, divide-se em quatro partes fundamentais: plataforma (de quatro degraus), base (neste caso bastante volumosa), fuste hexagonal de grande altura e terminação em gaiola igualmente hexagonal, antecedida por um pequeno capitel decorado inferiormente por um encordoado.
A gaiola é, sem dúvida, o elemento de maior interesse, desenhado como se de uma micro-arquitectura se tratasse. Compõe-se de uma estrutura contrafortada rematada por pináculos, que delimitam o espaço interior da gaiola, esta aberta a partir de janelas. O conjunto é rematado por um pináculo multifacetado que prolonga ainda mais em altura o pelourinho.
Por estes dados, percebe-se como o pelourinho de Barcelos é um dos que melhor atestam o poder simbólico que presidia à construção destes marcos. Quer pela sua altura (hoje reforçada pelo local de destaque que ocupa), quer pela excelência do seu trabalho escultórico, ele testemunha o grau de importância e de carga simbólica da autoridade concelhia no amplo processo de renovação de forais passada por D. Manuel.
Ao longo da sua história, este pelourinho conheceu três localizações distintas. Originalmente, situava-se no amplo largo traseiro à colegiada, diante dos Paços Municipais e dando directamente para o declive que conduzia ao rio. No século XVII, mercê da radical mutação urbanística proporcionada pela capela do Senhor da Cruz e pelo terreiro da feira, este símbolo de autoridade municipal foi deslocado para o Largo da Porta Nova, onde permaneceu até ao século XIX. Nesta última centúria, foi desmontado e disperso, perdida a função para a que tinha sido concebido. O processo de monumentalização das ruínas do Paço condal, e a organização do Museu Arqueológico de Barcelos, determinou nova transferência, desta vez impulsionada por António Ferraz, um dos mais importantes investigadores locais (ALMEIDA, 1990, p.41). O local então escolhido foi o largo defronte da Colegiada de Santa Maria, sítio que ainda hoje ocupa, em posição dominante sobre a ponte medieval e a tradicional entrada na cidade, para quem se desloca do Sul.
PAF ( IPPAR)
FOTO de Albano Nascimento
Integrado na área geográfica do Ave, nas denominadas Terras de Basto, o território correspondente, na actualidade, ao concelho de Cabeceira de Bastos, ocupa um extenso vale na margem do Rio Tâmega, entre as Serras da Cabreira e do Marão, dotado de uma paisagem característica desta região de transição entre o Minho e Trás-os-Montes. Uma condição que lhe confere particularidades acrescidas, nomeadamente no que se refere à diversidade dos recursos cinegéticos essenciais à sobrevivência humana, ainda que não pareçam abundar os testemunhos pré e proto-históricos na zona. Não obstante, os arqueossítios identificados e estudados até ao momento permitem confirmar a existência de comunidades desde, pelo menos, a Idade do Bronze, continuada na Idade do Ferro, da qual datam alguns povoados de altura, a exemplo do construído em Refojos de Bastos, uma das freguesias de Cabeceiras, obtendo maior expressão durante o domínio romano.
Os (ainda) escassos dados coligidos sobre a medievalidade de Cabeceiras de Basto ilustram, no entanto, um povoado que terá alcançado maior desenvolvimento a partir da primeira metade do século XII, quando D. Afonso Henriques (1109-1185) passou carta de couto (declaração de doação de propriedade) ao conhecido Mosteiro de Refojos de Basto, que acolhia uma importante comunidade beneditina, segundo as normas do Mosteiro de Tibães, este último fundado na segunda metade do século XI.
Todavia, o concelho de Cabeceiras de Basto foi instituído apenas em 1514, ano em que D. Manuel I (1469-1521) lhe concedeu novo foral [o primeiro fora outorgado por D. Dinis (1261-1325), em 1307], depois de ter sido doado a D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431) - 2.º Condestável de Portugal -, por parte de D. João I (1357-1433).
É justamente do período manuelino que datará o pelourinho fronteiro à antiga 'Casa da Cadeia'.
É sobre soco quadrado de três degraus que assenta grande paralelepipédico do qual arranca o fuste liso, de secção circular, da coluna com capitel formado por bloco quadrangular lavrado com símbolos heráldicos (incluindo o escudo real) e sobrepujado por pináculo piramidal coroado por esfera lisa, exibindo, no conjunto, um aspecto de inequívoca robustez construtiva.
[AMartins]
FOTO de Albano Nascimento
Integrado na área geográfica do Ave, nas denominadas Terras de Basto, o território correspondente, na actualidade, ao concelho de Cabeceira de Bastos, ocupa um extenso vale na margem do Rio Tâmega, entre as Serras da Cabreira e do Marão, dotado de uma paisagem característica desta região de transição entre o Minho e Trás-os-Montes. Uma condição que lhe confere particularidades acrescidas, nomeadamente no que se refere à diversidade dos recursos cinegéticos essenciais à sobrevivência humana, ainda que não pareçam abundar os testemunhos pré e proto-históricos na zona. Não obstante, os arqueossítios identificados e estudados até ao momento permitem confirmar a existência de comunidades desde, pelo menos, a Idade do Bronze, continuada na Idade do Ferro, da qual datam alguns povoados de altura, a exemplo do construído em Refojos de Bastos, uma das freguesias de Cabeceiras, obtendo maior expressão durante o domínio romano.
Os (ainda) escassos dados coligidos sobre a medievalidade de Cabeceiras de Basto ilustram, no entanto, um povoado que terá alcançado maior desenvolvimento a partir da primeira metade do século XII, quando D. Afonso Henriques (1109-1185) passou carta de couto (declaração de doação de propriedade) ao conhecido Mosteiro de Refojos de Basto, que acolhia uma importante comunidade beneditina, segundo as normas do Mosteiro de Tibães, este último fundado na segunda metade do século XI.
Todavia, o concelho de Cabeceiras de Basto foi instituído apenas em 1514, ano em que D. Manuel I (1469-1521) lhe concedeu novo foral [o primeiro fora outorgado por D. Dinis (1261-1325), em 1307], depois de ter sido doado a D. Nuno Álvares Pereira (1360-1431) - 2.º Condestável de Portugal -, por parte de D. João I (1357-1433).
É justamente do período manuelino que datará o pelourinho fronteiro à antiga 'Casa da Cadeia'.
É sobre soco quadrado de três degraus que assenta grande paralelepipédico do qual arranca o fuste liso, de secção circular, da coluna com capitel formado por bloco quadrangular lavrado com símbolos heráldicos (incluindo o escudo real) e sobrepujado por pináculo piramidal coroado por esfera lisa, exibindo, no conjunto, um aspecto de inequívoca robustez construtiva.
[AMartins]
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Abadim, actual freguesia de Cabeceiras de Basto, foi couto municipal e chegou a ser vila, com carta de foral dada por D. Manuel em 1514. O primeiro donatário da terra foi D. Rodrigo Viegas "Badim", a quem D. Afonso III coutou o termo entre os anos de 1248 e 1258. Após pertencer a vários outros senhores, o couto entra na posse do Dr. Diogo Lopes de Carvalho, desembargador do Paço, no ano imediato à outorga do foral, concedido ainda durante o senhorio de um fidalgo de nome Diogo Machado. O senhorio de Abadim manter-se-ia na descendência de Diogo Lopes de Carvalho até ao século XIX.
O seu pelourinho ergue-se junto ao portal da casa da Torre do Tronco, actual turismo rural, que ocupa um edifício setecentista anexo a uma torre supostamente pertencente ao antigo solar medieval dos Badins. É um monumento singelo, em granito, constando de coluna, capitel e remate. A coluna, de secção circular e relativamente atarracada, possui um ressalto com a mesma secção na base. Sobre esta assenta directamente o capitel paralelepipédico, com as faces talhadas em forma de escudos boleados, sendo três destes lisos (bojardados) e um decorado com uma estrela de cinco pontas enquadrada por moldura quadrilobada. O remate é constituído por um pináculo tronco-cónico de topo boleado, com dois estreitamentos.
O pelourinho tem sido considerado peça quinhentista, possivelmente erguida na sequência do foral de 1514. É no entanto difícil datá-lo, podendo ser consideravelmente mais tardio. A sua factura rude tem semelhanças com outros na região, como o de Castelo (Arnóia), no concelho de Celorico de Basto; no entanto, o monumento que mais semelhanças apresenta com este parece ser o de Castro Vicente, Mogadouro, já no distrito de Bragança. SML
FOTO de Albano Nascimento
FOTO de Albano Nascimento
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Abadim, actual freguesia de Cabeceiras de Basto, foi couto municipal e chegou a ser vila, com carta de foral dada por D. Manuel em 1514. O primeiro donatário da terra foi D. Rodrigo Viegas "Badim", a quem D. Afonso III coutou o termo entre os anos de 1248 e 1258. Após pertencer a vários outros senhores, o couto entra na posse do Dr. Diogo Lopes de Carvalho, desembargador do Paço, no ano imediato à outorga do foral, concedido ainda durante o senhorio de um fidalgo de nome Diogo Machado. O senhorio de Abadim manter-se-ia na descendência de Diogo Lopes de Carvalho até ao século XIX.
O seu pelourinho ergue-se junto ao portal da casa da Torre do Tronco, actual turismo rural, que ocupa um edifício setecentista anexo a uma torre supostamente pertencente ao antigo solar medieval dos Badins. É um monumento singelo, em granito, constando de coluna, capitel e remate. A coluna, de secção circular e relativamente atarracada, possui um ressalto com a mesma secção na base. Sobre esta assenta directamente o capitel paralelepipédico, com as faces talhadas em forma de escudos boleados, sendo três destes lisos (bojardados) e um decorado com uma estrela de cinco pontas enquadrada por moldura quadrilobada. O remate é constituído por um pináculo tronco-cónico de topo boleado, com dois estreitamentos.
O pelourinho tem sido considerado peça quinhentista, possivelmente erguida na sequência do foral de 1514. É no entanto difícil datá-lo, podendo ser consideravelmente mais tardio. A sua factura rude tem semelhanças com outros na região, como o de Castelo (Arnóia), no concelho de Celorico de Basto; no entanto, o monumento que mais semelhanças apresenta com este parece ser o de Castro Vicente, Mogadouro, já no distrito de Bragança. SML
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Base do Pelourinho????
A mais remota referência documental a Lanhoso data de 1086, e o primeiro foral da povoação foi alegadamente outorgado em 1115, por D. Teresa, viúva do conde D. Henrique. Porém, o primeiro foral conhecido é de 1292, dado por D. Dinis. Sucede-lhe foral novo, em 1514, por D. Manuel. O pelourinho de Lanhoso, conhecido através de uma gravura, parece ser consideravelmente posterior ao foral manuelino. A gravura, inserida num artigo de 1905 (Silva LEAL, 1905, p. 3), mostra um pelourinho constituído por um soco de três degraus quadrangulares muito rústicos, de pedra aparelhada, com uma base muito diminuta, coluna de fuste curto composto por três (?) colunelos torsos, capitel de secção quadrada e decorado com motivos heráldicos (?), e remate composto por ábaco quadrado em tabuleiro, sobre o qual assenta uma pirâmide moldurada ornada com estrias horizontais e sobrepujada por pequena esfera. O conjunto é muito semelhante a outros pelourinhos da região, como o do Souto (Penedono), neste caso à excepção do fuste.
O paradeiro do pelourinho é desconhecido, embora esteja classificado desde 1910. SML (IPPAR)
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