FOTO de Albano Nascimento
Redinha foi vila muito antiga, com primeiro foral dado por D. Gualdim Pais, Mestre da Ordem do Templo, em 1159, em nome de Rodina . A Ordem teve aí um dos castelos que construiu entre Coimbra e Leiria, ficando esta povoação para sempre ligada à memória dos cavaleiros templários. Após a extinção desta ordem, Redinha passou para a posse da Ordem de Cristo. D. Manuel concedeu-lhe foral novo em 1513, datando de então o levantamento do actual pelourinho. Este, que se erguia então diante da Casa da Câmara e cadeia comarcã, esteve a partir de data incerta transformado em cruzeiro, com a Igreja de São Francisco em pano de fundo. Foi restaurado e devolvido à sua função original em 1933.
O pelourinho assenta numa larga plataforma de quatro degraus octogonais, algo toscos, acrescida de um quinto degrau idêntico, servindo de base à coluna. Este possui faces lisas até meia altura, com um rebordo, e côncavas a partir daí. A coluna é na verdade um pilar de secção quadrada, tornado oitavado através de ligeiras chanfraduras nos ângulos, que seguem até curta distância do topo, onde o fuste retoma secção quadrada. Esta funciona de facto como arremedo de capitel, aí assentando directamente o remate. Resume-se este a um prisma de secção quadrada, com faces ornadas da cruz da Ordem de Cristo, a esfera armilar, emblema pessoal de D. Manuel, e ainda pelos vestígios de um escudo, seguramente o escudo régio. Este bloco é finalmente rematado por duas estreitas molduras quadradas e por uma pequena pinha estriada.
Note-se a clareza da aposição da habitual heráldica manuelina, nomeadamente a cruz da Ordem de Cristo, donatária de Redinha na altura da construção do monumento, e a esfera armilar, emblema pessoal de D. Manuel, que além de reinar, e ser outorgante da carta foralenga, era igualmente Grão-Mestre da referida Ordem. SML(IPPAR)
FOTO de Albano Nascimento
O primeiro foral de Pombal foi dado em 1174 pelos Templários, que detinham o senhorio da povoação desde a doação feita em c. 1160 a D. Gualdim Pais, mestre da Ordem, por D. Afonso Henriques. Pombal recebeu foral novo de D. Manuel, em 1512, na sequência do qual terá sido erguido um pelourinho. Nada se sabe acerca deste monumento, que foi supostamente substituído por um outro, setecentista, atribuído ao senhorio do Marquês de Pombal, que aqui viveu entre 1777 e 1782, e procedeu à ordenação da parte baixa da vila. Ao Marquês deve-se a construção da cadeia (conhecida por Cadeia Velha) e do celeiro, na Praça Velha da povoação, hoje Praça Marquês de Pombal. Aqui se erguia supostamente o antigo pelourinho quinhentista, e aqui terá sido igualmente levantado o outro, que depois foi deslocado para o pequeno Largo do Pelourinho, junto à estação ferroviária. Existem ainda referências à sua localização na Rua das Canas, em 1876. O monumento encontra-se actualmente em fragmentos, alguns destes conservados nos claustros do Convento do Cardal, onde estão instalados os Paços do Concelho. Entre estes fragmentos está um troço do fuste, oitavado, e ainda uma pedra que pode ter pertencido ao remate. Segundo consta, um outro troço do fuste está incrustada num muro do castelo da localidade.
Na última década do século XX foi erguido um pelourinho moderno, no largo do mesmo nome, da autoria do escultor Soares Branco. Este pelourinho não se encontra classificado; a classificação respeita aos fragmentos do anterior monumento. SML(IPPAR)
FOTO de Albano Nascimento
O primeiro foral de Pombal foi dado em 1174 pelos Templários, que detinham o senhorio da povoação desde a doação feita em c. 1160 a D. Gualdim Pais, mestre da Ordem, por D. Afonso Henriques. Pombal recebeu foral novo de D. Manuel, em 1512, na sequência do qual terá sido erguido um pelourinho. Nada se sabe acerca deste monumento, que foi supostamente substituído por um outro, setecentista, atribuído ao senhorio do Marquês de Pombal, que aqui viveu entre 1777 e 1782, e procedeu à ordenação da parte baixa da vila. Ao Marquês deve-se a construção da cadeia (conhecida por Cadeia Velha) e do celeiro, na Praça Velha da povoação, hoje Praça Marquês de Pombal. Aqui se erguia supostamente o antigo pelourinho quinhentista, e aqui terá sido igualmente levantado o outro, que depois foi deslocado para o pequeno Largo do Pelourinho, junto à estação ferroviária. Existem ainda referências à sua localização na Rua das Canas, em 1876. O monumento encontra-se actualmente em fragmentos, alguns destes conservados nos claustros do Convento do Cardal, onde estão instalados os Paços do Concelho. Entre estes fragmentos está um troço do fuste, oitavado, e ainda uma pedra que pode ter pertencido ao remate. Segundo consta, um outro troço do fuste está incrustada num muro do castelo da localidade.
Na última década do século XX foi erguido um pelourinho moderno, no largo do mesmo nome, da autoria do escultor Soares Branco. Este pelourinho não se encontra classificado; a classificação respeita aos fragmentos do anterior monumento. SML (IPPAR)
FOTO de Albano Nascimento
As primeiras referências a Santa Comba Dão datam ainda do século X, quando a localidade integra o conteúdo de duas cartas de doação ao Mosteiro de Lorvão. Permaneceu durante mais de cinco séculos na posse dos Bispos de Coimbra, tendo recebido carta de foral apenas em 1514, das mãos de D. Manuel. Um primeiro pelourinho, conservado até finais do século XIX, terá sido erguido na sequência da atribuição do foral manuelino, estando hoje substituído por um monumento revivalista, cópia pouco fiel do original.
O pelourinho quinhentista, que uma fotografia contemporânea da sua destruição permite conhecer, era composto por um fuste torso, constituído por quatro toros lisos espiralados à esquerda, e rematado por ábaco circular e capitel decorado com motivos vegetalistas, onde assentava um pináculo cónico igualmente torso. Um pelourinho semelhante, feito de resto à sua imagem, pode ainda ser apreciado na vizinha localidade de São João de Areias. Estava erguido no largo fronteiro à antiga Casa do Concelho, hoje Largo Engenheiro Urbano, e foi destruído aquando da tentativa de transferência para o local actual, onde fica o edifício da Câmara Municipal de Santa Comba Dão. O monumento actual foi construído de imediato, pelo pedreiro João Lima, encarregado do falhado apeamento da picota. Embora se tenha desejado uma cópia do monumento manuelino, o resultado pode ser meramente entendido como uma evocação revivalista e pouco hábil do mesmo.
O novo pelourinho, ao qual respeita a classificação como Imóvel de Interesse Público, levanta-se sobre uma plataforma de três degraus quadrangulares, de arestas chanfradas. Consta de base, coluna, remate e grimpa. A base é constituída por um paralelepípedo com faces ornadas de uma almofada incisa, com moldura de fruste concepção e talhe. Daqui irrompe o fuste, torso, composto por grossos toros de torção muito acentuada, e rematado por um último troço cilíndrico, decorado com quatro losangos pouco concordantes com o estilo que se pretendeu emular, e rematado em secção quadrada. Os dois troços da coluna são separados por um anel saliente, liso. O remate quadrangular do fuste faz as vezes de capitel, encimado por um ábaco saliente, de onde se projecta uma pirâmide quadrada, de topo truncado. Sobre esta assenta um pequeno tabuleiro, reproduzindo o ábaco do incipiente capitel, e por fim um pináculo cónico, compondo a pinha do pelourinho. A grimpa é uma esfera armilar.
Os fragmentos do pelourinho velho foram vendidas em hasta pública pela vereação, tendo-se pontualmente encontrado algumas peças, nomeadamente o remate e três troços do fuste, em casas particulares. Foram guardados no edifício camarário em 1931. SML (IPPAR)
FOTOS de Albano Nascimento
As primeiras referências a Santa Comba Dão datam ainda do século X, quando a localidade integra o conteúdo de duas cartas de doação ao Mosteiro de Lorvão. Permaneceu durante mais de cinco séculos na posse dos Bispos de Coimbra, tendo recebido carta de foral apenas em 1514, das mãos de D. Manuel. Um primeiro pelourinho, conservado até finais do século XIX, terá sido erguido na sequência da atribuição do foral manuelino, estando hoje substituído por um monumento revivalista, cópia pouco fiel do original.
O pelourinho quinhentista, que uma fotografia contemporânea da sua destruição permite conhecer, era composto por um fuste torso, constituído por quatro toros lisos espiralados à esquerda, e rematado por ábaco circular e capitel decorado com motivos vegetalistas, onde assentava um pináculo cónico igualmente torso. Um pelourinho semelhante, feito de resto à sua imagem, pode ainda ser apreciado na vizinha localidade de São João de Areias. Estava erguido no largo fronteiro à antiga Casa do Concelho, hoje Largo Engenheiro Urbano, e foi destruído aquando da tentativa de transferência para o local actual, onde fica o edifício da Câmara Municipal de Santa Comba Dão. O monumento actual foi construído de imediato, pelo pedreiro João Lima, encarregado do falhado apeamento da picota. Embora se tenha desejado uma cópia do monumento manuelino, o resultado pode ser meramente entendido como uma evocação revivalista e pouco hábil do mesmo.
O novo pelourinho, ao qual respeita a classificação como Imóvel de Interesse Público, levanta-se sobre uma plataforma de três degraus quadrangulares, de arestas chanfradas. Consta de base, coluna, remate e grimpa. A base é constituída por um paralelepípedo com faces ornadas de uma almofada incisa, com moldura de fruste concepção e talhe. Daqui irrompe o fuste, torso, composto por grossos toros de torção muito acentuada, e rematado por um último troço cilíndrico, decorado com quatro losangos pouco concordantes com o estilo que se pretendeu emular, e rematado em secção quadrada. Os dois troços da coluna são separados por um anel saliente, liso. O remate quadrangular do fuste faz as vezes de capitel, encimado por um ábaco saliente, de onde se projecta uma pirâmide quadrada, de topo truncado. Sobre esta assenta um pequeno tabuleiro, reproduzindo o ábaco do incipiente capitel, e por fim um pináculo cónico, compondo a pinha do pelourinho. A grimpa é uma esfera armilar.
Os fragmentos do pelourinho velho foram vendidas em hasta pública pela vereação, tendo-se pontualmente encontrado algumas peças, nomeadamente o remate e três troços do fuste, em casas particulares. Foram guardados no edifício camarário em 1931. SML (IPPAR)
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