FOTO de Albano Nascimento
A antiga povoação de São Pedro de Rates estava situada na confluência de vários eixos viários importantes desde o domínio romano, e fazia parte de um itinerário compostelano. Não se lhe conhece foral velho, mas era já concelho no século XIII, tendo recebido foral novo de D. Manuel em 1517. Foi extinto em 1836, e integrado na Póvoa de Varzim. O seu pelourinho, testemunho da passada autonomia, ergue-se ainda na localidade, diante dos antigos edifícios da Casa da Câmara, e junto da capela oitocentista de Nossa Senhora da Praça.
O pelourinho é constituído por um soco de três degraus de secção circular, bastante altos, estando embora o térreo, formado por blocos desconjuntados, parcialmente embutido no pavimento (de lajes de cimento). Os dois degraus superiores são semelhantes a grossas mós, e o último destes serve igualmente de base à coluna, que nele encaixa. Esta tem fuste cilíndrico e liso, cingido a meia altura por um estreito anel em ferro. O capitel é um singelo bloco cilíndrico, encimado por anelete rebordante. O remate consta apenas de um tronco cónico alongado, onde se crava uma pequena cruz em ferro, com longa haste inferior. O conjunto é provavelmente quinhentista. SML (IPPAR)
FOTO de Albano Nascimento
A antiga povoação de São Pedro de Rates estava situada na confluência de vários eixos viários importantes desde o domínio romano, e fazia parte de um itinerário compostelano. Não se lhe conhece foral velho, mas era já concelho no século XIII, tendo recebido foral novo de D. Manuel em 1517. Foi extinto em 1836, e integrado na Póvoa de Varzim. O seu pelourinho, testemunho da passada autonomia, ergue-se ainda na localidade, diante dos antigos edifícios da Casa da Câmara, e junto da capela oitocentista de Nossa Senhora da Praça.
O pelourinho é constituído por um soco de três degraus de secção circular, bastante altos, estando embora o térreo, formado por blocos desconjuntados, parcialmente embutido no pavimento (de lajes de cimento). Os dois degraus superiores são semelhantes a grossas mós, e o último destes serve igualmente de base à coluna, que nele encaixa. Esta tem fuste cilíndrico e liso, cingido a meia altura por um estreito anel em ferro. O capitel é um singelo bloco cilíndrico, encimado por anelete rebordante. O remate consta apenas de um tronco cónico alongado, onde se crava uma pequena cruz em ferro, com longa haste inferior. O conjunto é provavelmente quinhentista. SML (IPPAR)
FOTO de Albano Nascimento
O antigo concelho de Azurara, actualmente integrado no concelho de Vila do Conde, recebeu foral do conde D. Henrique (confirmado por D. Afonso) ainda em 1102. A localidade permaneceu durante séculos como um importante porto marítimo, a par da barra de Vila do Conde; a produção de embarcações nos seus estaleiros contribuía para o seu funcionamento como um centro de dinamização da expansão ultramarina. A importância estratégica de Azurara não lhe garantiu novo foral manuelino, mas da passagem de D. Manuel por estas terras, em 1502, resultou um forte impulso no avanço da edificação da então matriz, a Igreja de Santa Maria, no adro da qual se ergue o pelourinho, diante da fachada Norte e junto da entrada lateral.
O soco é constituído por dois degraus circulares, de parapeito. Sobre estes assenta uma singela base prismática, rematada em calote, sustentando o fuste, liso e de seção circular. O capitel é verdadeiramente o remate do pelourinho, em forma de urna, constituída por meia calote esférica decorada com dentículos de tipologia clássica, e por um pescoço sobre o qual se levanta um espigão de ferro. O conjunto inscreve-se geralmente entre as muitas picotas manuelinas que então se ergueram por todo o território; no entanto, e pese embora o apelo da proximidade da igreja referida, cuja construção contou com grande auxílio e interesse da parte de D. Manuel, será de considerar que pelo menos o remate do pelourinho é de elaboração posterior. SML ( IPPAR )
FOTOS de Albano Nascimento
O antigo concelho de Azurara, actualmente integrado no concelho de Vila do Conde, recebeu foral do conde D. Henrique (confirmado por D. Afonso) ainda em 1102. A localidade permaneceu durante séculos como um importante porto marítimo, a par da barra de Vila do Conde; a produção de embarcações nos seus estaleiros contribuía para o seu funcionamento como um centro de dinamização da expansão ultramarina. A importância estratégica de Azurara não lhe garantiu novo foral manuelino, mas da passagem de D. Manuel por estas terras, em 1502, resultou um forte impulso no avanço da edificação da então matriz, a Igreja de Santa Maria, no adro da qual se ergue o pelourinho, diante da fachada Norte e junto da entrada lateral.
O soco é constituído por dois degraus circulares, de parapeito. Sobre estes assenta uma singela base prismática, rematada em calote, sustentando o fuste, liso e de seção circular. O capitel é verdadeiramente o remate do pelourinho, em forma de urna, constituída por meia calote esférica decorada com dentículos de tipologia clássica, e por um pescoço sobre o qual se levanta um espigão de ferro. O conjunto inscreve-se geralmente entre as muitas picotas manuelinas que então se ergueram por todo o território; no entanto, e pese embora o apelo da proximidade da igreja referida, cuja construção contou com grande auxílio e interesse da parte de D. Manuel, será de considerar que pelo menos o remate do pelourinho é de elaboração posterior. SML ( IPPAR )
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A muito antiga povoação de Vila do Conde pertenceu, ainda antes da nacionalidade, ao Mosteiro de Guimarães. Foi mais tarde terra reguenga. Teve primeiro foral dado por D. Dinis, em 1296, e foral novo de D. Manuel, datado de 1516. Na sequência deste foral foi erguido um pelourinho, na praça que se viria a chamar de Velha , por mais tarde se ter aberto uma nova. A Praça Nova foi aberta em 1538, no reinado de D. João III, e nela foram então construídos novos edifícios dos Paços do Concelho. No mesmo ano, deliberou o monarca que o pelourinho fosse transferido para esta praça; porém, durante as obras de montagem do mesmo, em 1539, o povo decidiu a sua destruição, por ser símbolo antigo de aplicação de justiça que já não competia aos municípios. Quase no final da centúria, em 1582, é ordenada a sua reconstrução na Praça da Ribeira, certamente para evitar desta vez a proximidade da picota com os paços concelhios. O pelourinho regressou enfim à Praça Nova, hoje Praça Vasco da Gama, em 1913. Está portanto situado nas imediações da Câmara Municipal, e igualmente da bela igreja matriz de Vila do Conde, igualmente construída por iniciativa de D. Manuel.
O pelourinho assenta numa singela plataforma oitavada, de grande altura, a cujo topo se acede através de quatro pequenos degraus abertos numa das suas faces. Esta plataforma será de construção moderna, sendo as suas faces percorridas por inscrições alusivas ao atribulado percurso do pelourinho. A coluna possui base oitavada, encimada por moldura boleada com a mesma secção. O fuste é constituído por quatro colunelos lisos, torsos, cingidos a meia altura por um anel encordoado, e perto do topo por uma moldura semelhante, mas adaptada ao contorno das vergas. É encimado por original gaiola, ou roca aberta, muito ornamentada. A gaiola possui a metade inferior em taça muito ornamentada, e a metade superior vazada por oito orifícios, envolvidos por cadeias de argolas decorativas. O conjunto é rematado por pequena esfera lisa, onde se crava a grimpa, formada por uma haste em ferro de onde sai um braço empunhando uma espada.
O monumento, de aparência algo híbrida, certamente em função de diversas intervenções, será composto por elementos manuelinos conservados, sobre base moderna. A grimpa é curiosamente semelhante à do pelourinho de Nisa, remontado (refeito?) no século XX.
Sílvia Leite ( IPPAR )
FOTOS de Albano Nascimento
A muito antiga povoação de Vila do Conde pertenceu, ainda antes da nacionalidade, ao Mosteiro de Guimarães. Foi mais tarde terra reguenga. Teve primeiro foral dado por D. Dinis, em 1296, e foral novo de D. Manuel, datado de 1516. Na sequência deste foral foi erguido um pelourinho, na praça que se viria a chamar de Velha , por mais tarde se ter aberto uma nova. A Praça Nova foi aberta em 1538, no reinado de D. João III, e nela foram então construídos novos edifícios dos Paços do Concelho. No mesmo ano, deliberou o monarca que o pelourinho fosse transferido para esta praça; porém, durante as obras de montagem do mesmo, em 1539, o povo decidiu a sua destruição, por ser símbolo antigo de aplicação de justiça que já não competia aos municípios. Quase no final da centúria, em 1582, é ordenada a sua reconstrução na Praça da Ribeira, certamente para evitar desta vez a proximidade da picota com os paços concelhios. O pelourinho regressou enfim à Praça Nova, hoje Praça Vasco da Gama, em 1913. Está portanto situado nas imediações da Câmara Municipal, e igualmente da bela igreja matriz de Vila do Conde, igualmente construída por iniciativa de D. Manuel.
O pelourinho assenta numa singela plataforma oitavada, de grande altura, a cujo topo se acede através de quatro pequenos degraus abertos numa das suas faces. Esta plataforma será de construção moderna, sendo as suas faces percorridas por inscrições alusivas ao atribulado percurso do pelourinho. A coluna possui base oitavada, encimada por moldura boleada com a mesma secção. O fuste é constituído por quatro colunelos lisos, torsos, cingidos a meia altura por um anel encordoado, e perto do topo por uma moldura semelhante, mas adaptada ao contorno das vergas. É encimado por original gaiola, ou roca aberta, muito ornamentada. A gaiola possui a metade inferior em taça muito ornamentada, e a metade superior vazada por oito orifícios, envolvidos por cadeias de argolas decorativas. O conjunto é rematado por pequena esfera lisa, onde se crava a grimpa, formada por uma haste em ferro de onde sai um braço empunhando uma espada.
O monumento, de aparência algo híbrida, certamente em função de diversas intervenções, será composto por elementos manuelinos conservados, sobre base moderna. A grimpa é curiosamente semelhante à do pelourinho de Nisa, remontado (refeito?) no século XX.
Sílvia Leite ( IPPAR )
FOTO de Albano Nascimento
Com referências documentais desde o século XI, a antiga Vila de Ferreira é mencionada nas Inquirições de 1258 como reguengo régio, situação que se manteve até ao século XVIII. Ferreira teve foral manuelino, datado de 1514, e da sua elevação a conselho quinhentista terá certamente resultado o levantamento de um pelourinho, do qual não resta qualquer vestígio. A actual cabeça do conselho de Paços de Ferreira é a freguesia de Santa Eulália, antigo couto do Mosteiro de Guimarães. Nunca teve foral, mas a segunda tentativa de criação do actual concelho de Paços de Ferreira, em 1836, determinuou que esta localidade fosse constituída como sua sede. O pelourinho de Paços de Ferreira ergue-se hoje diante do edifício oitocentista dos Paços do Conselho, em Santa Eulália. Porém, é plausível pensar que os elementos quinhentistas que integra, aproveitados de uma picota entretanto desaparecida, poderiam provir do pelourinho de Ferreira, já que em Santa Eulália não há notícia da existência de picota anterior a 1836.
O pelourinho ergue-se sobre uma singela plataforma de dois degraus quadrangulares, de aresta. Nela assenta directamente a coluna, com fuste cilíndrico e liso, encimado por capitel de cesto liso (variação do dórico) sobre astrágalo, e terminando em coxim circular e ábaco quadrangular. O remate consta de um bloco prismático em cuja face anterior está relevado um escudo de armas nacional coroado, sendo a coroa aberta, muito decorada, e de boas dimensões. As restantes faces são molduradas. No topo do remate destaca-se um pináculo rudemente talhado, representando possivelmente um elmo, enquadrado pela coroa.
O edifício dos Paços do Concelho foi erguido entre 1910 e 1918, sendo de supôr que o pelourinho foi levantado pela mesma altura. Em todo o caso, parece de facto aproveitar elementos arcaicos, como seja o remate e o coroamento.
O monumento é muito semelhante aos de Paredes e Louredo, também no distrito do Porto.
Sílvia Leite ( IPPAR )
FOTOS de Albano Nascimento
Com referências documentais desde o século XI, a antiga Vila de Ferreira é mencionada nas Inquirições de 1258 como reguengo régio, situação que se manteve até ao século XVIII. Ferreira teve foral manuelino, datado de 1514, e da sua elevação a conselho quinhentista terá certamente resultado o levantamento de um pelourinho, do qual não resta qualquer vestígio. A actual cabeça do conselho de Paços de Ferreira é a freguesia de Santa Eulália, antigo couto do Mosteiro de Guimarães. Nunca teve foral, mas a segunda tentativa de criação do actual concelho de Paços de Ferreira, em 1836, determinuou que esta localidade fosse constituída como sua sede. O pelourinho de Paços de Ferreira ergue-se hoje diante do edifício oitocentista dos Paços do Conselho, em Santa Eulália. Porém, é plausível pensar que os elementos quinhentistas que integra, aproveitados de uma picota entretanto desaparecida, poderiam provir do pelourinho de Ferreira, já que em Santa Eulália não há notícia da existência de picota anterior a 1836.
O pelourinho ergue-se sobre uma singela plataforma de dois degraus quadrangulares, de aresta. Nela assenta directamente a coluna, com fuste cilíndrico e liso, encimado por capitel de cesto liso (variação do dórico) sobre astrágalo, e terminando em coxim circular e ábaco quadrangular. O remate consta de um bloco prismático em cuja face anterior está relevado um escudo de armas nacional coroado, sendo a coroa aberta, muito decorada, e de boas dimensões. As restantes faces são molduradas. No topo do remate destaca-se um pináculo rudemente talhado, representando possivelmente um elmo, enquadrado pela coroa.
O edifício dos Paços do Concelho foi erguido entre 1910 e 1918, sendo de supôr que o pelourinho foi levantado pela mesma altura. Em todo o caso, parece de facto aproveitar elementos arcaicos, como seja o remate e o coroamento.
O monumento é muito semelhante aos de Paredes e Louredo, também no distrito do Porto.
Sílvia Leite ( IPPPAR )
FOTO de Albano Nascimento
A antiga honra de Louredo foi confirmada por D. Afonso IV em 1342. Veio a ser vila, embora não se lhe conheça carta de foral. A povoação, hoje freguesia do concelho de Paredes, possui ainda um pelourinho, erguido no Lugar do Facho.
O pelourinho ergue-se sobre uma larga plataforma, constando de um murete quadrangular preenchido com terra, pelo que é de presumir que o terreno envolvente tenha sido rebaixado. No centro desta elevação assenta um soco de três degraus quadrangulares, e sobre estes uma base quadrada, com orifício de encaixe da coluna. Esta tem fuste cilíndrico e liso, rematado no topo por anelete e bocel. O remate é constituído por uma peça cúbica, tendo numa das faces o escudo das cinco quinas, flanqueado por três castelos cilíndricos sobrepostos, ao modo de torretas, e encimado por outro castelo idêntico. Sobre o conjunto destaca-se uma coroa régia saliente. SML ( PPAR )
FOTO de Albano Nascimento
A antiga honra de Louredo foi confirmada por D. Afonso IV em 1342. Veio a ser vila, embora não se lhe conheça carta de foral. A povoação, hoje freguesia do concelho de Paredes, possui ainda um pelourinho, erguido no Lugar do Facho.
O pelourinho ergue-se sobre uma larga plataforma, constando de um murete quadrangular preenchido com terra, pelo que é de presumir que o terreno envolvente tenha sido rebaixado. No centro desta elevação assenta um soco de três degraus quadrangulares, e sobre estes uma base quadrada, com orifício de encaixe da coluna. Esta tem fuste cilíndrico e liso, rematado no topo por anelete e bocel. O remate é constituído por uma peça cúbica, tendo numa das faces o escudo das cinco quinas, flanqueado por três castelos cilíndricos sobrepostos, ao modo de torretas, e encimado por outro castelo idêntico. Sobre o conjunto destaca-se uma coroa régia saliente. SML ( IPPAR )
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