FOTO de Albano Nascimento
Lousada foi elevada a vila e sede de concelho por D. Manuel, em 1514. O concelho foi extinto em 1836, mas apenas durante dois anos, após o que viu restaurada a sua autonomia. Tem pelourinho, geralmente considerado de construção quinhentista, ainda do período manuelino. Esteve implantado em local distinto, tendo sido deslocado para a sua posição actual, nas traseiras da Câmara Municipal, em data incerta do século XX.
O soco no qual se levanta o pelourinho, composto por três degraus quadrangulares de parapeito boleado, é datado da sua reconstrução moderna. Nele assenta a coluna, sobre uma pequena base quadrada, quase totalmente integrada no degrau superior. A coluna é pseudosalomónica, ou seja, tem fuste integralmente espiralado (à direita). Na verdade, o fuste parece ser constituído por um colunelo central, de secção ligeiramente decrescente em direcção ao topo, em torno do qual se enrola uma grossa espiral, cujas espiras são também progressivamente menores. A coluna é rematada em capital circular formado por largo astrágalo, gola lisa, e ábaco em moldura rebordante. O remate é composto por um tabuleiro de secção quadrangular, em três grossas molduras crescentes, sendo a medial trabalhada com motivos geométricos arcaizantes (em pequenos losangos salientes). Ainda existem, nos ângulos da face superior do remate, vestígios dos ferros de sujeição.
O monumento tem uma tipologia pouco comum, não sendo na verdade possível garantir a sua datação. Entre as gentes locais, há quem afirme tratar-se de uma réplica, e não do pelourinho original. A coluna poderia ser muito tardia, correspondendo a modelos utilizados no período barroco, apesar da sua factura tosca. Não é, no entanto, inverosímil que se trate de uma construção manuelina, sabendo-se que neste estilo se recorreu frequentemente a citações antiquizantes, onde tanto caberia a referência salomónica como a decoração geométrica, de sabor românico, do tabuleiro. Ainda acresce o facto de existirem marcas de ferragens no topo do monumento, o que parece contribuir para a sua antiguidade.
Sílvia Leite (PPAR)
FOTO de Albano Nascimento
Lousada foi elevada a vila e sede de concelho por D. Manuel, em 1514. O concelho foi extinto em 1836, mas apenas durante dois anos, após o que viu restaurada a sua autonomia. Tem pelourinho, geralmente considerado de construção quinhentista, ainda do período manuelino. Esteve implantado em local distinto, tendo sido deslocado para a sua posição actual, nas traseiras da Câmara Municipal, em data incerta do século XX.
O soco no qual se levanta o pelourinho, composto por três degraus quadrangulares de parapeito boleado, é datado da sua reconstrução moderna. Nele assenta a coluna, sobre uma pequena base quadrada, quase totalmente integrada no degrau superior. A coluna é pseudosalomónica, ou seja, tem fuste integralmente espiralado (à direita). Na verdade, o fuste parece ser constituído por um colunelo central, de secção ligeiramente decrescente em direcção ao topo, em torno do qual se enrola uma grossa espiral, cujas espiras são também progressivamente menores. A coluna é rematada em capital circular formado por largo astrágalo, gola lisa, e ábaco em moldura rebordante. O remate é composto por um tabuleiro de secção quadrangular, em três grossas molduras crescentes, sendo a medial trabalhada com motivos geométricos arcaizantes (em pequenos losangos salientes). Ainda existem, nos ângulos da face superior do remate, vestígios dos ferros de sujeição.
O monumento tem uma tipologia pouco comum, não sendo na verdade possível garantir a sua datação. Entre as gentes locais, há quem afirme tratar-se de uma réplica, e não do pelourinho original. A coluna poderia ser muito tardia, correspondendo a modelos utilizados no período barroco, apesar da sua factura tosca. Não é, no entanto, inverosímil que se trate de uma construção manuelina, sabendo-se que neste estilo se recorreu frequentemente a citações antiquizantes, onde tanto caberia a referência salomónica como a decoração geométrica, de sabor românico, do tabuleiro. Ainda acresce o facto de existirem marcas de ferragens no topo do monumento, o que parece contribuir para a sua antiguidade.
Sílvia Leite (IPPAR)
FOTO de Albano Nascimento
O primeiro foral das terras de Varzim foi concedido por D. Dinis, em 1308, determinando a constitução de uma pobra (póvoa) que funcionava como concelho independente. D. Manuel concedeu foral novo aos seus moradores no ano de 1514, em resposta às constantes reclamações contra a jurisdição do Mosteiro de Vila do Conde, que detinha direitos sobre o concelho desde 1318. Cerca de duas décadas depois do foral manuelino, em 1537, a Póvoa é incorporada na Coroa, e anexada à comarca do Porto, estabelecendo-se a sua autonomia plena.
O seu pelourinho foi construído na sequência do foral quinhentista, e esteve levantado na cidade, em implantação desconhecida, até 1854. Nesta data, a câmara determinou a sua destruição, por causar dificuldades à circulação automóvel. A coluna foi levada para uma casa particular, e o seu paradeiro é actualmente desconhecido. A esfera armilar do remate conservou-se, estando integrada no actual pelourinho, erguido em finais do século XIX na Praça do Almada, nas imediações dos Paços do Concelho oitocentistas. É a este último monumento que corresponde a classificação.
O actual pelourinho da Póvoa de Varzim assenta num soco de quatro largos degraus quadrangulares, de parapeito boleado, onde assenta um parapelepípedo com faces almofadadas, rematado superiormente por molduras crescentes, e ligando-se ao último degrau por meio de um largo enbasamento. Sobre este plinto repousa o conjunto da base, coluna, capitel e remate. A base da coluna é constituída por três molduras quadrangulares escalonadas, e o fuste é cilíndrico e esguio, sendo lisa a metade inferior, e canelada a superior. É directamente encimada pelo remate, composto por uma peça semelhante a um peão de xadrez, com base formada por três molduras lisas escalonadas e corpo em pináculo liso, encimado por dois aneletes circulares, onde assenta a esfera. Esta é supostamente herdada do pelourinho manuelino, conforme referido. SML (PPAR)
FOTO de Albano Nascimento
"ne varietur"
- ENTRE AMIGOS -
Conhecemos o Dr. EDGAR CARNEIRO desde o tempo em que ele leccionava em Vila Real, no Colégio das Meninas.
Nós, como Bom Rapaz, a frequentar o Liceu, fazíamos por ser um Bom Vizinho.
Até calhou que o Liceu e o Colégio resultaram num Lar!
Vá-se lá entender os mistérios da poesia da Vida … ou a poesia dos mistérios da Vida!
“Roteiro1
Como se fora sonho
Antes de ser história;
Como se fosse escrito
No sangue e na memória;
Como estrela que existe
Mas ainda não brilha:
Como se fosse o mapa
Antes de haver a ilha;
Como se o pensamento,
Esse fio doirado,
Fosse o mesmo novelo
Do que já foi pensado,
Assim a nossa vida
Vai desdobrando a vela
Até chegar a ser
A própria caravela”.
E os ventos trouxeram as nossas caravelas para o mesmo mar da Costa Verde.
O «Mon Chéri» é o ponto de encontro, nestes últimos tempos.
Lá, na mesa do costume, mal chegamos, o Dr. EDGAR pergunta, com um suspiro tão saudoso:
-Então que notícias traz da NOSSA TERRA?
E já não era sem tempo que A CIDADE (CHAVES) lhe deveria um Público reconhecimento.
O Dr. EDGAR CARNEIRO é um Homem que pelo seu trajecto de vida Honra os Transmontanos e, muito especialmente, os FLAVIENSES.
Aí nasceu, aí leccionou, … e até foi Director do Flávia Sport Club!
E, consigo, desde sempre, a saudade do seu torrão natal:
“Não Devia Haver Montes2
Não devia haver montes,
Nem lápides, nem lutos.
Assim, não ficariam
As rosas nos escombros.
O vale era mais verde
E as árvores mais baixas.
Mais próximo dos homens
O coração dos frutos.”
Por vezes, levamos-lhe notícias apanhadas de um « lugar da conversa sobre o mundo» (a Blogosfera), onde alguns bons flavienses nos (aos ausentes) servem um «matar de saudades» (Um bom número de “Bloguedores Flavínios” até já faz, mesmo à distância, tertúlia com o Dr. EDGAR. Dão-lhe estima que lhe reconhecem merecer).
Alegrou-se-lhe a vida depois de lhe mostrarmos uns Post(ais) e umas dedicatórias desses Bloguistas.
E com que ilusão aguardava o 8 de Maio de 2010, para o comemorar na sua terra natal!
Sabemos que chegou lá (aí) ontem. E que, a horas apagadas, lhe acenderam uma velita de Parabéns.
Merecia mais, o Dr. EDGAR. Merecia muito mais!
“REGRESSO3
Ontem era o desejo de ser hoje,
Era o desejo ardente
De saber o segredo das palavras,
Colher o fruto novo da semente,
Mas o campo está seco
E os cavalos declinam a sua dança.
Ser ontem era hoje o que aprazia,
Mesmo que fossem sempre o mesmo dia
E não houvesse o gosto da mudança.”
Hoje recebemos, por este e outro Blogue, sinais da presença do Dr. EDGAR em CHAVES.
Amanhã é o Dia do seu 97º Aniversário.
Esperamos que o Dr. EDGAR se possa consolar com um carolo de Sêmea de Lebução apadrinhado por uma grossa rodela de Salpicão da Língua (falamos de petiscos que o Dr.EDGAR muito aprecia e de que tem saudades de meter à boca!), regadinho com um copo, repetido, de “Encostas do Rabaçal” (ele agora já não faz ao vinho o que outrora, no tempo em que ia a Valpaços namoriscar a sua futura Esposa: - o vinho que lhe serviam tinha 14 graus reforçados. O Dr.Edgar pedia: - tragam-me água! – e lá misturava a estragação do vinho, para espanto e arrelia do empregado e do patrão da pensão! ) .
Talvez uma visita ao «bacalhau do Costa» lhe dê pretexto para olhar o Tâmega e dedicar-lhe:
“RIO TÂMEGA4
Rio Tâmega, teu nome
Não é só de perfeição;
Tens beleza e fealdade,
Humana contradição.
És belo se te insinuas
Entre oliveira e choupal;
Lento, largo, vigoroso,
Orla de praia estival.
És belo se não afogas;
Se não levas na corrente,
Varado de sete balas, o corpo do resistente.
És belo se não enredas
Quem no mundo se amofina;
Se não cobres de vergonha
O teu rosto de neblina.
És belo se natural
Aos olhos do curioso;
Se não inundas a terra
Com tua baba de lodo.
És belo nos teus segredos,
De povo em povo correr.
És alegria e tristeza,
Conforme a onda quiser…”
E no nº 104 da Rua Direita uma Placa de Mármore a perpetuar o local e o Dia de nascimento de um dos egrégios filhos da Nobre Cidade de CHAVES –
POETA EDGAR CARNEIRO.
Entre Amigos.
Romeiro de Alcácer
NOTAS
1-O Signo e A Sina
2-Poemas Transmontanos
3-O Signo e A Sina
4-Poemas Transmontanos
FOTO de Albano Nascimento
CONTRADIÇÕES
Para afogar as mágoas
canto;
para afastar o tédio
Canto;
se estou dorido
canto;
se fico tenso,árido
inseguro
com medo à morte
canto.
Canto,canto,canto
e não deploro.
Porque estou triste
canto,
se fico alegre
choro
" in PÉRIPLO "
FOTO de Albano Nascimento
O primeiro foral das terras de Varzim foi concedido por D. Dinis, em 1308, determinando a constitução de uma pobra (póvoa) que funcionava como concelho independente. D. Manuel concedeu foral novo aos seus moradores no ano de 1514, em resposta às constantes reclamações contra a jurisdição do Mosteiro de Vila do Conde, que detinha direitos sobre o concelho desde 1318. Cerca de duas décadas depois do foral manuelino, em 1537, a Póvoa é incorporada na Coroa, e anexada à comarca do Porto, estabelecendo-se a sua autonomia plena.
O seu pelourinho foi construído na sequência do foral quinhentista, e esteve levantado na cidade, em implantação desconhecida, até 1854. Nesta data, a câmara determinou a sua destruição, por causar dificuldades à circulação automóvel. A coluna foi levada para uma casa particular, e o seu paradeiro é actualmente desconhecido. A esfera armilar do remate conservou-se, estando integrada no actual pelourinho, erguido em finais do século XIX na Praça do Almada, nas imediações dos Paços do Concelho oitocentistas. É a este último monumento que corresponde a classificação.
O actual pelourinho da Póvoa de Varzim assenta num soco de quatro largos degraus quadrangulares, de parapeito boleado, onde assenta um parapelepípedo com faces almofadadas, rematado superiormente por molduras crescentes, e ligando-se ao último degrau por meio de um largo enbasamento. Sobre este plinto repousa o conjunto da base, coluna, capitel e remate. A base da coluna é constituída por três molduras quadrangulares escalonadas, e o fuste é cilíndrico e esguio, sendo lisa a metade inferior, e canelada a superior. É directamente encimada pelo remate, composto por uma peça semelhante a um peão de xadrez, com base formada por três molduras lisas escalonadas e corpo em pináculo liso, encimado por dois aneletes circulares, onde assenta a esfera. Esta é supostamente herdada do pelourinho manuelino, conforme referido. SML(IPAAR)
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