FOTO de Albano Nascimento
Numa região de abundantes recursos cinegéticos que desde cedo proporcionaram a diferentes comunidades humanas os meios necessários à sua subsistência, não surpreende que as actividades directamente relacionadas com a agricultura ganhassem força e consistência ao longo dos tempos, transformando-se, na verdade, numa das suas maiores valências económicas e razão de engrandecimento populacional.
Das freguesias que constituem o concelho viseense sobressai Fonte Arcada (designação possivelmente derivada de uma fonte com arcada construída no período romano), terra de remotas origens onde se mantém o traçado arquitectónico característico das antigas povoações de raízes medievais existentes nesta região do interior português, distribuindo-se em solos férteis do altiplanalto rasgado pelo Rio Távora, em plena Beira Transmontana.
No início da formação e consolidação da nacionalidade, Fonte Arcada pertenceu, com a morte de D. Teresa (1092-1130), a D. Egas Moniz (c. 1080-1146) "de Ribadouro", cognominado de o 'Aio' - de D. Afonso Henriques (1109-1185) -, e a sua mulher, D. Teresa Afonso (c. 1100-?) (aia dos cinco filhos do primeiro monarca português), que a legaram a seu descendente Soeiro Viegas (c. 1130-?), a cuja viúva, D. Sancha Bermudes (c. 1130-?), deve a obtenção, em 1193, da primeira carta de foral. Não obstante, a povoação conheceu maior desenvolvimento entre os séculos XIV e XVII, período em que assistiu a obras de melhoramento de alguns dos seus mais antigos edifícios, a exemplo da igreja matriz.
De entre as estruturas erguidas ao tempo, destaca-se o pelourinho quinhentista, esse símbolo, por excelência, de autonomia judicial, ainda que a aldeia já desfrutasse de privilégios no reinado de D. Sancho I (1154-1212), numa realidade confirmada com D. Manuel I (1469-1521), de quem obteve novo foral, em 1514, ano em que aforou outras povoações circundantes, a exemplo de Sernancelhe.
Construído numa das matérias-primas mais abundantes na região - granito -, o pelourinho ergue-se na praça principal sobre plataforma de seis degraus octogonais e base de um único degrau de igual configuração, na qual assenta a base quadrada do fuste da coluna, de secção oitavada, com aproximadamente cinco metros de altura, culminada em capitel quadrangular, como quadrado é o tabuleiro que suporta, com uma roseta em cada face e ostentando, no topo, quatro pináculos, com cerca de quarenta centímetros, lavrados como se de folhagens se tratassem, rodeando um quinto, cilíndrico-galbado com anel na extremidade.
[AMartins] ( IPPAR )
FOTO de Albano Nascimento
Numa região de abundantes recursos cinegéticos que desde cedo proporcionaram a diferentes comunidades humanas os meios necessários à sua subsistência, não surpreende que as actividades directamente relacionadas com a agricultura ganhassem força e consistência ao longo dos tempos, transformando-se, na verdade, numa das suas maiores valências económicas e razão de engrandecimento populacional.
Das freguesias que constituem o concelho viseense sobressai Fonte Arcada (designação possivelmente derivada de uma fonte com arcada construída no período romano), terra de remotas origens onde se mantém o traçado arquitectónico característico das antigas povoações de raízes medievais existentes nesta região do interior português, distribuindo-se em solos férteis do altiplanalto rasgado pelo Rio Távora, em plena Beira Transmontana.
No início da formação e consolidação da nacionalidade, Fonte Arcada pertenceu, com a morte de D. Teresa (1092-1130), a D. Egas Moniz (c. 1080-1146) "de Ribadouro", cognominado de o 'Aio' - de D. Afonso Henriques (1109-1185) -, e a sua mulher, D. Teresa Afonso (c. 1100-?) (aia dos cinco filhos do primeiro monarca português), que a legaram a seu descendente Soeiro Viegas (c. 1130-?), a cuja viúva, D. Sancha Bermudes (c. 1130-?), deve a obtenção, em 1193, da primeira carta de foral. Não obstante, a povoação conheceu maior desenvolvimento entre os séculos XIV e XVII, período em que assistiu a obras de melhoramento de alguns dos seus mais antigos edifícios, a exemplo da igreja matriz.
De entre as estruturas erguidas ao tempo, destaca-se o pelourinho quinhentista, esse símbolo, por excelência, de autonomia judicial, ainda que a aldeia já desfrutasse de privilégios no reinado de D. Sancho I (1154-1212), numa realidade confirmada com D. Manuel I (1469-1521), de quem obteve novo foral, em 1514, ano em que aforou outras povoações circundantes, a exemplo de Sernancelhe.
Construído numa das matérias-primas mais abundantes na região - granito -, o pelourinho ergue-se na praça principal sobre plataforma de seis degraus octogonais e base de um único degrau de igual configuração, na qual assenta a base quadrada do fuste da coluna, de secção oitavada, com aproximadamente cinco metros de altura, culminada em capitel quadrangular, como quadrado é o tabuleiro que suporta, com uma roseta em cada face e ostentando, no topo, quatro pináculos, com cerca de quarenta centímetros, lavrados como se de folhagens se tratassem, rodeando um quinto, cilíndrico-galbado com anel na extremidade.
[AMartins] ( IPPAR )
FOTO de Albano Nascmento
Torre de Moncorvo, ou Torre de Mendo Corvo, como a localidade foi conhecida ao longo da Idade Média, em referência a um seu lendário fundador, pertenceu ao florescente concelho de Santa Cruz da Vilariça até 1285, quando recebeu foral dionisino. O concelho, que chegou a ser a maior comarca do reino, teve foral novo outorgado por D. Manuel, em 1512, na sequência do qual terá sido levantado o pelourinho hoje classificado. O monumento erguia-se no maior largo da localidade, hoje Praça da República, mas foi apeado da sua localização original por alegadamente representar um obstáculo à circulação. Foi primeiramente encostado a um dos poucos troços ainda existentes das muralhas do castelo, mas acabou por ser desmantelado, perdendo-se a maior parte das peças que o constituíam. Restam actualmente dois fragmentos, à guarda da Câmara Municipal, finalmente apresentados ao público com alguma dignidade. Os fragmentos, em granito, são oitavados, resultando do chanframento das arestas de paralelepípedos de secção quadrada. Um deles, mais curto, é ornamentado com uma esfera armilar em alto relevo, e o outro, mais comprido, exibe um escudo de Portugal coroado, de face côncava. SML ( IPPAR )
FOTO de Milita
Vilas Boas teve presumível foral dado por D. Afonso IV, no século XIV (1325?), e foral novo de D. Manuel, em 1512. Foi senhorio da Casa de Vila Flor, concelho no qual se veio a integrar aquando da extinção dos seus antigos privilégios, em 1836. Ainda conserva um pelourinho, levantado no largo central da freguesia.
O pelourinho levanta-se sobre plataforma de três degraus quadrangulares, de aresta, completados por um quarto que serve de plinto, com o topo afeiçoado para se aproximar da secção da coluna. Esta tem fuste bastante elevado, quadrado na base, com arestas chanfradas na maior parte da sua altura, de forma a tomar a secção octogonal. Volta a ser quadrado no topo, tendo pequenas saliências a marcar a transição dos chanfros, de resto idênticas a outras na base. O capitel é composto por quatro molduras quadrangulares crescentes, a última formando mesa onde assenta o grande paralelepípedo do remate. É um bloco com faces relevadas com motivos quase inteiramente ilegíveis, distinguindo-se apenas um escudo das quinas. As arestas são decoradas com colunelos catntonais, cingidos por aneis mediais e rematados em bola. A peça terminal é um pináculo curto, em forma de cone embolado, com uma larga esfera achatada. O pelourinho é provavelmente seiscentista.
Sílvia Leite ( IPPA )
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