FOTO de Albano Nascimento Localizada numa região que assumiu acrescida importância ao tempo da Reconquista, Mesão Frio possui no seu termo vestígios arqueológicos que demonstram a presença de comunidades humanas durante, pelo menos, a Proto-história, como evidencia o povoado de altura erguido na Idade do Ferro, conhecido por "Castro de Cidadelhe", numa zona particularmente fértil em razão dos cursos de água que a atravessam.
Foi, sem dúvida, a existência dos recursos cinegéticos essenciais à sedentariação de diferentes grupos que contribui para a formação paulatina de Mesão Frio, em zona de particular interesse e disputa histórica mantida durante os períodos romano e suevo, desempenhando papel de não somenos relevância em pleno processo de cristianização.
Quanto a S. Nicolau, como parte de Mesão Frio, ela surge, e do que foi possível apurar até ao momento, apenas em meados do século XI, quando Fernando I (1016-1065), o 'Magno', ou o 'Grande', rei de Castela, de Leão e da Galiza., mandou inventariar todos os sítios pertencentes à Diocese de Lamego (submetida à metrópole bracarense), entretanto libertada do domínio árabe. E seria este um dos lugares a integrar a herança de Henrique de Borgonha (c. 1057-1112), Conde de Portugal, quando, em 1093, contraiu matrimónio com a Infanta D. Teresa (1080-1130), filha de D. Afonso VI (1039-1109), rei de Castela.
Foi, contudo, D. Afonso Henriques (1109-1185) que lhe conferiu foral, em 1152, confirmado ao tempo de D. Afonso II (1185-1223), em 1217, devendo a D. Manuel I (1469-1521) a obtenção de novo documento, decorria o ano de 1513.
Das estruturas erguidas no seu solo ao longo dos tempos, destaca-se o pelourinho, situado no centro da povoação.
Talhado numa das matérias-primas mais abundantes na região - granito -, o pelourinho é formado por plataforma composta de três degraus octogonais, como octogonal é a base sobre a qual assenta directamente o fuste cilíndrico (com dois estrangulamentos bastante acentuados) da coluna, cujo capitel configura anel saliente encimado por bloco cilíndrico suportando tabuleiro quadrangular lavrado no topo, de entre os quais arrancam quatro elementos férreos de imagética zoomórfica.
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