FOTO de Albano Nascimento
Azinhoso, actual freguesia do concelho de Mogadouro, chegou a ser vila e sede de concelho, com grandes privilégios e importância, mesmo à escala nacional. Designada como Azinoso nas Inquirições de 1258, a povoação recebeu foral de D. João I em 1386, dado após a permanência do monarca nas Eiras de El Rei, após o episódio do alardo de Vilariça, quando se dirigia para Moncorvo. D. Manuel outorgou-lhe foral novo em 1520, na sequência do qual se terá erguido o pelourinho, último testemunho da antiga autonomia municipal.
O monumento levanta-se junto da vetusta igreja paroquial, de estilo românico-gótico, no tranquilo largo principal de Azinhoso. Assenta em soco de três degraus quadrangulares, sendo o inferior mais tosco e de aresta, e os dois superiores de rebordo boleado. É constituído por base, coluna, arremedo de capitel e remate. A base da coluna é uma peça cilíndrica larga, com o topo alteado e côncavo, de forma a igualar o diâmetro do fuste que nela assenta. Este possui um ligeiro ressalto na base, e é composto por dois tambores cilíndricos, lisos. No topo existe uma moldura anelar saliente, de onde irrompe o capitel. Este é na verdade um simples tronco cilíndrico, de onde irrompem quatro curtos braços em cruz, talhados numa forma sinuosa, evocando os braços de ferro em serpes que muitos pelourinhos possuem. É encimado por uma série de besantes e uma corda, única decoração do conjunto, e rematado por uma peça tronco-cónica. É semelhante aos vizinhos pelourinhos de Mogadouro e Bemposta. SML ( IPPAR )
FOTO de Albano Nascimento
Azinhoso, actual freguesia do concelho de Mogadouro, chegou a ser vila e sede de concelho, com grandes privilégios e importância, mesmo à escala nacional. Designada como Azinoso nas Inquirições de 1258, a povoação recebeu foral de D. João I em 1386, dado após a permanência do monarca nas Eiras de El Rei, após o episódio do alardo de Vilariça, quando se dirigia para Moncorvo. D. Manuel outorgou-lhe foral novo em 1520, na sequência do qual se terá erguido o pelourinho, último testemunho da antiga autonomia municipal.
O monumento levanta-se junto da vetusta igreja paroquial, de estilo românico-gótico, no tranquilo largo principal de Azinhoso. Assenta em soco de três degraus quadrangulares, sendo o inferior mais tosco e de aresta, e os dois superiores de rebordo boleado. É constituído por base, coluna, arremedo de capitel e remate. A base da coluna é uma peça cilíndrica larga, com o topo alteado e côncavo, de forma a igualar o diâmetro do fuste que nela assenta. Este possui um ligeiro ressalto na base, e é composto por dois tambores cilíndricos, lisos. No topo existe uma moldura anelar saliente, de onde irrompe o capitel. Este é na verdade um simples tronco cilíndrico, de onde irrompem quatro curtos braços em cruz, talhados numa forma sinuosa, evocando os braços de ferro em serpes que muitos pelourinhos possuem. É encimado por uma série de besantes e uma corda, única decoração do conjunto, e rematado por uma peça tronco-cónica. É semelhante aos vizinhos pelourinhos de Mogadouro e Bemposta. SML ( IPPAR )
FOTO de Albano Nascimento
O pelourinho de Castro Vicente foi construído no século XVII, possivelmente em substituição de um anterior, edificado cerca de uma centúria antes. Implanta-se na principal praça da localidade, sobre plataforma de cinco degraus oitavados. A composição é muito simples, limitando-se a um fuste de tambores (apresentando já assinalável desgaste) e remate em capitel paralelipipédico, ornamentado numa das faces com o escudo do reino de Portugal. Finalmente, sobre o capitel exibe-se um pequeno pináculo cónico, que dá maior elegância ao conjunto e reforça a sua altura.
Castro Vicente teve relativa importância regional no final da Idade Média, em particular no reinado de D. Fernando, que doou a localidade a alguns dos seus partidários no complexo momento militar que então se vivia. O primeiro foral, todavia, foi doado por D. Dinis, em 1305, e com D. Manuel renovou-se o estatuto concelhio, que só terminou em 1836, na ampla reforma liberal que alterou radicalmente o mapa administrativo do país.
PAF ( IPPAR )
FOTO de Albano Nascimento
Rebordainhos foi vila medieval, mas nunca chegou a possuir cabalmente o estatuto de concelho, embora gozasse ao longo dos séculos de alguma autonomia administrativa. Ainda que não possua foral, nem em algum momento tivesse tido autonomia judicial, teve pelourinho, que ainda se conserva num pequeno largo. É actualmente freguesia do concelho de Bragança.
O pelourinho levanta-se sobre uma plataforma constituída por dois degraus quadrados, muito rústicos, servindo o térreo para nivelar o pavimento muito irregular. A coluna assenta directamente sobre o degrau superior. Eleva-se em fuste quadrangular na base, com esquinas levemente chafradas na maior parte da sua altura, tomando a secção octogonal. É cingida, a cerca de dois terços da base, por um aro metálico. Não possui capitel, sendo o remate composto por um bloco prismático sobre tabuleiro quadrado muito mutilado. O bloco tem as faces ligeiramente rebaixadas, decoradas com relevos de difícil leitura, dado o grande desgaste que apresentam. Parecem incluir uma face humana, uma lua, e uma cruz em aspa, ou de Santo André. Esta peça é finalmente encimada por um pináculo com ponta piramidal, de topo truncado.
O conjunto assume feição muito arcaica, reforçada pelo desgaste e rudeza das peças. Embora não seja possível datá-lo com precisão, poderá constituir uma particular declinação do estilo manuelino, caracterizável pela secção oitavada do fuste e pelo sabor arcaizante da decoração, aqui se incluindo a carranca românica e silvestre.
Sílvia Leite ( IPPAR )
FOTO de Albano Nascimento
Rebordainhos foi vila medieval, mas nunca chegou a possuir cabalmente o estatuto de concelho, embora gozasse ao longo dos séculos de alguma autonomia administrativa. Ainda que não possua foral, nem em algum momento tivesse tido autonomia judicial, teve pelourinho, que ainda se conserva num pequeno largo. É actualmente freguesia do concelho de Bragança.
O pelourinho levanta-se sobre uma plataforma constituída por dois degraus quadrados, muito rústicos, servindo o térreo para nivelar o pavimento muito irregular. A coluna assenta directamente sobre o degrau superior. Eleva-se em fuste quadrangular na base, com esquinas levemente chafradas na maior parte da sua altura, tomando a secção octogonal. É cingida, a cerca de dois terços da base, por um aro metálico. Não possui capitel, sendo o remate composto por um bloco prismático sobre tabuleiro quadrado muito mutilado. O bloco tem as faces ligeiramente rebaixadas, decoradas com relevos de difícil leitura, dado o grande desgaste que apresentam. Parecem incluir uma face humana, uma lua, e uma cruz em aspa, ou de Santo André. Esta peça é finalmente encimada por um pináculo com ponta piramidal, de topo truncado.
O conjunto assume feição muito arcaica, reforçada pelo desgaste e rudeza das peças. Embora não seja possível datá-lo com precisão, poderá constituir uma particular declinação do estilo manuelino, caracterizável pela secção oitavada do fuste e pelo sabor arcaizante da decoração, aqui se incluindo a carranca românica e silvestre.
Sílvia Leite (I PPAR )
FOTO de Albano Nascimento
Região particularmente abundante em vestígios arqueológicos datáveis da mais remota antiguidade, numa evidência da diversidade e excelência dos recursos cinegéticos essenciais à sobrevivência e fixação humana ao longo dos tempos, Tarouca dispõe de inúmeros testemunhos arquitectónicos de um passado menos longínquo, porém tão relevante quanto aquele, anterior à formação da própria nacionalidade e seus contemporâneos, numa evidência da relevância estratégica do seu posicionamento no actual território português, a exemplo, entre outros, do Mosteiro de S. João de Tarouca.
Mas é também o caso do "Pelourinho de Várzea da Serra", erguido na praça principal desta localidade, fronteiro à Casa da Câmara, em terreno em ligeiro declive, materializando uma das realidade mais presentes durante a Idade Média portuguesa: o reforço do poder autónomo municipal.
De aspecto robusto, o pelourinho assenta sobre soco formado por três degraus, sendo a coluna, de fuste oitavado, coroada por capitel saliente com remate paralelepipédico de arestas destacadas a envolver elemento semi-esférico.
[AMartins] ( IPPAR )
FOTO de Albano Nascimento
Região particularmente abundante em vestígios arqueológicos datáveis da mais remota antiguidade, numa evidência da diversidade e excelência dos recursos cinegéticos essenciais à sobrevivência e fixação humana ao longo dos tempos, Tarouca dispõe de inúmeros testemunhos arquitectónicos de um passado menos longínquo, porém tão relevante quanto aquele, anterior à formação da própria nacionalidade e seus contemporâneos, numa evidência da relevância estratégica do seu posicionamento no actual território português, a exemplo, entre outros, do Mosteiro de S. João de Tarouca.
Mas é também o caso do "Pelourinho de Várzea da Serra", erguido na praça principal desta localidade, fronteiro à Casa da Câmara, em terreno em ligeiro declive, materializando uma das realidade mais presentes durante a Idade Média portuguesa: o reforço do poder autónomo municipal.
De aspecto robusto, o pelourinho assenta sobre soco formado por três degraus, sendo a coluna, de fuste oitavado, coroada por capitel saliente com remate paralelepipédico de arestas destacadas a envolver elemento semi-esférico.
[AMartins] ( IPPAR )
FOTO de JP Nascimento
A localidade de Alhais estava integrada no couto de Fráguas, do qual também fazia parte Barrelas (Vila Nova de Paiva), entregue por D. Teresa a D. Garcia Garcês, em 1128. Mais tarde, no século XIII, D. Afonso II concedeu estes territórios a D. Martim Fernandes de Riba de Vizela e a sua mulher D. Estefânia Soares, a quem coube a vila de Alhais pela morte do marido, e que a doou de seguida ao mosteiro de S. João de Tarouca. O foral foi outorgado por D. Manuel em 1514.
O pelourinho da localidade ergue-se num largo central da povoação, onde ainda está o forno do povo, e onde antigamente ficava a casa da cadeia. Ergue-se sobre um grande rochedo de granito aí localizado, com cerca de 2,5 m de altura e 3,5 m de diâmetro, constituindo a um tempo a plataforma do monumento e a base da coluna, que nele assenta directamente. A coluna possui fuste cilíndrico e liso, e é rematada no topo por um arremedo de capitel, constando de um troço cilíndrico com o mesmo diâmetro do fuste, com um estreito anel relevado na base e outros dois, equidistantes, acima deste. Sobre este singelo capitel assentam duas peças quadrangulares sobrepostas, ao modo de ábaco, sendo a inferior decorada com diminutas carrancas nos cantos. O remate é formado por um bloco cúbico com a área central e superior de cada face rebaixada, de forma a que se destaque um "U" relevado nos lados, concedendo à peça o aspecto de um pequeno castelo. No topo do cubo levanta-se uma peça prismática ao comprido, encimada por um pequeno cone arredondado, colocado ao centro. Resta ainda um furo, que poderá ter servido para fixar uma argola de sujeição, na parte inferior do fuste. Por fim, merece destaque o facto do remate estar orientado de acordo com os pontos cardeais, ficando a peça transversal do topo no sentido N-S.
O levantamento do pelourinho ter-se-à sucedido ao foral, ainda que a sua tipologia não torne evidente a datação. Corresponde, de maneira geral, à de outros monumentos do distrito de Viseu, muito singelos e de factura tosca, alguns datáveis dos séculos XVII ou XVIII (segundo inscrição). É o caso dos pelourinhos de Campo Benfeito, Casal do Meio, Chavães, Paçô e Sever, localidades que não tiveram foral manuelino, e Fráguas, Couto de Baixo, Mondim de Cima e Pendilhe. Apesar da simplicidade dos exemplares referidos, encontram-se alguns pormenores decorativos entre os pelourinhos pertencentes a concelhos com foral dado por D. Manuel, geralmente incluindo carrancas, escudos de armas nacionais, e arremedos de heráldica manuelina (esferóides). Assim, será lógico datar o pelourinho de Alhais das primeiras décadas do século XVI. Refira-se ainda que o pelourinho de Paçô está igualmente implantado sobre um rochedo. SML ( IPPAR)
FOTO de Milita
A povoação de Castelo Rodrigo, desenvolvida sobre um antigo castro romanizado, foi inicialmente povoada por Fernando II de Leão, a partir de 1161. Alguns anos mais tarde, D. Afonso IX atribuiu foral ao concelho, o primeiro a existir em Riba Côa. Foi conquistada, ainda ao domínio muçulmano, por D. Afonso Henriques, em 1170, ano em que é fundado o convento de Santa Maria de Aguiar; mas a praça é novamente perdida pouco depois. Reconquistada definitivamente por D. Sancho I, só passa a ser reconhecida como território português após o Tratado de Alcanizes, assinado em 12 de Setembro de 1297. D. Manuel mandou reedificar o castelo dionisino em 1500, e concedeu foral novo à vila em 1508, datando deste período a construção do actual pelourinho, que constitui um testemunho artístico ainda mais interessante quando cotejado com as várias janelas do período manuelino que ornam a vizinha Rua da Cadeia.
Levanta-se junto à Igreja Matriz da povoação, sendo composto por um soco de quatro degraus octogonais, muito rústicos, sobre o qual se ergue o conjunto da coluna e remate. A coluna é de fuste octogonal com base quadrangular talhada no mesmo bloco, e chanfrada nos ângulos superiores, talhe que se repete no topo. Sobre a coluna está directamente colocado o remate, em gaiola, separado do fuste por uma única moldura saliente, oitavada e torsa. A gaiola, de planta oitavada, é composta por oito colunelos torsos sobre pequenas mísulas, rematados por anéis triplos e pináculos torsos. É coroada por chapéu cónico liso e de topo truncado, encaixado entre os pináculos dos colunelos.
Na região, são de destacar os pelourinhos de Vilar Maior e Alemendra, entre outros, pela semelhança tipológica. SML ( IPAAR)
FOTO de JP Nascimento
A localidade de Vila Cova é muito antiga, sendo primeiramente referida nas Inquirições de D. Afonso III (1258). Pertenceu à Ordem do Hospital, que aparentemente nunca lhe deu foral, documento que receberia finalmente das mãos de D. Manuel, em 1514. O concelho foi extinto no século XIX, e integrado em Vila Nova de Paiva. Conserva um pelourinho, monumento nitidamente quinhentista, erguido sem grande margem para dúvidas nos anos imediatos à outorga de foral manuelino. Levanta-se num pequeno largo, entre o vetusto casario de pedra.
O pelourinho possui soco muito elevado, constituído por seis degraus em pedra aparelhada, de aresta, acrescentados de um sétimo, com arestas chanfradas, que forma a base da coluna. Esta encaixa num orifício deste pedestal, erguendo-se em fuste oitavado, de faces lisas. Possui quatro diminutas saliências, ao modo de garras, em outras tantas faces do arranque, funcionando como simbólicos elementos de união entre a base do fuste e a peça onde se apoia. A coroar a coluna destaca-se capitel tronco-piramidal truncado e invertido, de secção oitavada, com dois conjuntos de três mascarões em seis das suas faces, mediados por duas faces lisas. De destacar a existência de legendas epigrafadas nestas faces, com a frase o p Mgel o fez e a data de 1804, indicando um provável resturo, e o seu autor ou encomendante. Segundo alguns autores (SOUSA, Júlio Rocha, 1998), a letra P na inscrição poderia respeitar ao nome de um pedreiro.
O mais interessante elemento do conjunto é o seu remate, em curiosa gaiola de planta vagamente octogonal, com aberturas rectangulares, e faces superiormente decoradas com quatro carrancas. É encimada por uma espécie de lanternim vazado por seis arcadas redondas, inseridas em pequenos gabeletes de terminação angular. No seu topo assenta, por sua vez, uma pinha com faces discóides, que parecem ter tido decorações incisas, hoje ilegíveis. É sobrepujada por uma diminuta esfera achatada, onde se cravava a grimpa, entretanto perdida. SML (IPPAR)
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