FOTO de JP Nascimento
De fundação antiga, a povoação de Souto está situada no cimo de um pequeno vale formado pelo Rio Torto, sendo fortemente dominada, a Sul, pela presença do Monte, em tempos, designado de 'Fonte de D. Clara', fortaleza natural das comunidades que o escolheram para nele se fixarem, decerto pela existência de recursos naturais essenciais à sua sobrevivência, como testemunha, ademais, a presença, nas imediações, de vestígios daquele que terá sido um povoado de altura - castro - erguido na Idade do Ferro.
De entre as estruturas edificadas ao longo dos tempos, destaca-se o "Pelourinho de Souto", testemunho maior da autonomia do poder municipal, erguido na praça da Vila.
O monumento é constituído por coluna de fuste oitavado despojado de qualquer elemento decorativo, assente sobre soco formado por quatro degraus de planta quadrandular, e remate piramidal precedido de cornija de dupla moldura que contorna o capitel de secção quadrada, ostentando escudo com as armas de Portugal.
[AMartins] ( IPPAR )
FOTO de JP Nascimento
A primeira referência à terra de Fráguas data de 961, constando da carta de doação da igreja da localidade ao Mosteiro de Arouca, por Ansur e sua mulher. Em 1128, D. Teresa instituiu o couto de Fávregues , origem do antigo concelho. Durante a Idade Média, a povoação teve o nome de Fábregas ou Frávegas, sendo já designada de Frágoas no foral que D. Manuel lhe outorgou, em 1514. O estatuto concelhio manteve-se até 1895, quando foi extinto, mas apenas para ser restaurado em 1898, já com a actual designação de Vila Nova de Paiva. Conserva ainda o pelourinho, certamente construído após o recebimento do foral manuelino, que se ergue num largo ao qual deu o nome.
O pelourinho ergue-se sobre um soco de três degraus quadrangulares de aresta, o térreo quase inteiramente embebido no pavimento. A coluna assenta directamente sobre o degrau superior, erguendo-se em fuste de secção octogonal e faces lisas. A coluna é encimada apenas pelo remate, mas a parte inferior deste, talhada em troço de pirâmide quadrada invertida, funciona como um incipiente capitel. O remate propriamente dito é em forma de castelo, composto por um bloco cúbico com os cantos prolongados superiormente em quatro pequenos paralelepípedos, ao modo de merlões. No centro destas eleva-se uma curta peça cilíndrica rematada por uma esfera achatada nos pólos, semelhante a uma cúpula. Ao centro de cada face, e nos ângulos do remate, estão esculpidas oito carrancas toscas. Estas são tradicionalmente consideradas como alusões à família de D. Aleixo de Figueiredo, castigada por acolher D. António, prior do Crato, durante as lutas pela independência do Reino. Evidentemente, a datação atribuível ao monumento, dos alvores de Quinhentos, não permite este género de interpretação. SML (IPPAR )
FOTO de Tânia Oliveira
FOTO de JP Nascimento
O Pelourinho de Santa Cruz de Riba Tâmega, muito provavelmente, remonta à época em que os Paços do Concelho foram edificados, isto é, aos inícios do séc. XVII. Recorde-se que uma antiga inscrição no patim da escadaria do edifício referia que esta obra se fez no ano de 1607 sendo juiz Luís Simão Fernandes.
Quando o concelho foi extinto (24/10/1855), em sinal de protesto, a população desmantelou o Pelourinho e arrancou o brasão com as armas dos Castelos Brancos (os senhores do concelho), que estava colocado por cima da porta do referido edifício, sendo as pedras escondidas na casa da Quintã. No terreiro desta casa ainda permanece o dito brasão.
Por iniciativa do Eng. Pedro Alvellos, que foi presidente da Comissão de Turismo da Serra do Marão e vereador da Câmara Municipal de Amarante, o Pelourinho, que é considerado imóvel de interesse público pelo Decreto nº 23122, de 11/10/1933, foi recuperado na década de 50 do século passado. Do original restavam apenas a base, a coluna e parte do colunelo do meio, que servia de pé a uma mesa.
Na sua forma actual, o Pelourinho, todo em granito, é composto por:
Plataforma de três degraus quadrados;
Base, de degrau quadrado, com bordos superiores chanfrados;
Coluna cilíndrica, lisa, tendo no topo um pequeno anel saliente;
Remate por ábaco quadrangular, de forte espessura, tendo quatro elementos cantonais, constituídos por base prismática quadrangular, com remate piramidal. Ao centro emerge volumoso tronco de pirâmide quadrangular, apoiada em base prismática de pequena dimensão.
FOTO de JP Nascimento
Integrado no 'Nordeste Transmontano', nas denominadas Terras Quentes, o território correspondente, na actualidade, ao concelho de Macedo de Cavaleiros distribui-se entre as Serras da Nogueira e de Bornes, ao longo de um amplo vale de terrenos férteis, particularidade que justificou a fixação, nos seus limites, de diferentes comunidades humanas, como evidenciam os múltiplos testemunhos arqueológicos identificados e estudados até ao momento.
Amendoeira figura entre as muitas freguesias que compõem o termo de Macedo de Cavaleiros, sendo formada por quatro lugares, um dos quais Pinhovelo, um importante povoado medieval, a julgar pela sua elevação a 'Vila', sendo referida nas Inquirições realizadas no reinado de D. Dinis (1261-1325). Um estatuto confirmado a posteriori através da colocação do pelourinho, consagrando a autonomia judicial que lhe era, assim, conferida, depois de ter obtido foral de D. Manuel I (1469-1521), em 1510.
Descrito, entre outras personalidades, pelo sacerdote, arqueólogo e historiador, de seu nome Francisco Manuel Alves, mais comummente conhecido por Abade Baçal (1865-1947), célebre indagador do passado brigantino, o pelourinho, que se ergue no centro da povoação que lhe deu nome - Pinhovelo -, foi objecto de um estudo mais pormenorizado nas primeiras décadas de novecentos, dessa feita por mão do membro da Associação dos Arqueólogos Portugueses, colaborador do actual Museu Nacional de Arqueologia e integralista lusitano convicto, Luís Chaves (1889-?).
Construído numa das matérias-primas mais abundantes na região - granito -, é sobre soco de três degraus quadrados com base da mesma configuração, com cerca de 40 centímetros de altura, que assenta a base que suporta o fuste oitavado decorado, alternadamente, com semiesferas, pontas de diamante e faces lisas, culminado em capitel de secção quadrada com arestas boleadas, ostentando a data de '1776'. Quanto ao remate, ele é formado por bloco prismático rectangular com escudo nacional lavrado encimado por coroa comportando pirâmide sobrepujada por esfera.
[AMartins] ( NIPPAR )
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