FOTO de Albano Nascimento
A povoação de Vila Franca de Lampaças, inicialmente designada por Bragadinha, recebeu foral de D. Dinis em 9 de Dezembro de 1286, data a partir da qual e até ao início do século XIX, constituiu vila e sede de concelho. Actualmente integra a freguesia de Sendas.
O seu pelourinho é, com certeza, coevo do foral, assinalando, precisamente, a sua concessão. Trata-se de um exemplar de grande depuração assente sobre uma série de pedras hoje cobertas com cimento. A coluna de fuste liso, eleva-se sobre uma mó de moinho, terminando num remate de secção tronco-piramidal.
(RC) IPPAR
FOTO de Albano Nascimento
O lugar de Goestei , ou Goestey , actual freguesia de Gostei, foi um curato anexo ao Mosteiro de São Bento de Castro de Avelãs até 1290, quando os monges permutaram com a Coroa a aldeia de Outeiro de Moás por este território (juntamente com a vizinha localidade de Castanheira). No ano anterior tivera foral dado por D. Dinis, em cujo documento aparece a grafia Gustei , e pelo qual se forma justamente o concelho de "Gostei e Castanheira". O concelho veio a pertencer à Casa de Bragança, mantendo sempre autonomia administrativa judicial. Foi extinto no século XIX, vindo a integrar o concelho de Bragança. Conserva um velho pelourinho, levantado no largo fronteiro à Igreja Matriz.
O pelourinho levanta-se sobre plataforma de dois degraus quadrangulares de aresta, bastante desgastado e restaurado, sendo o degrau térreo constituído por dupla fileira de blocos. A base da coluna é um bloco sensivelmente quadrangular, de aparelho rústico, com arestas superiores boleadas. O fuste é cilíndrico e liso, e relativamente curto, sendo encimado por um singelo remate em pirâmide quadrada saliente, com arestas pouco definidas, e topo boleado.
O conjunto é muito simples, configurando um rude pelourinho de "coluço", que alguns autores têm considerado românico. A sua datação é imprecisa, existindo exemplares semelhantes provavelmente erguidos ao longo da Idade Média, e outros durante o século XVI. Em todo o caso, deve referir-se que as localidades bragantinas de Sanceriz e Vila Franca de Lampaças, com pelourinhos idênticos, compartilham com Gostei o facto de terem recebido forais de D. Dinis, de finais do século XIII.
Sílvia Leite
FOTO de Albano Nascimento
A honra de Galegos recebeu forais de D. Dinis, no início do século XIV, e de D. Manuel, em 1519, tendo chegado a ser concelho. O seu pelourinho, vestígio desta posição jurisdicional privilegiada e da importância da localidade durante séculos, ergue-se diante dos antigos Paços do Concelho, reconvertidos para outras funções quando Galegos viu a sua autonomia absorvida pela jurisdição de Vila Real. O monumento hoje existente é, portanto, um relevante testemunho histórico, tratando-se no entanto de uma construção de reduzido interesse artístico. É constituído por um soco elevado, sem degraus, formado pelo aparelhamento rústico de grandes silhares de granito, sobre o qual assenta uma pedra circular onde encaixa o fuste. Este não é mais do que um tosco paralelepípedo monolítico, no topo do qual se destaca, ao modo de remate, uma almofada cúbica relevada, com entalhes em X como única decoração, simulando um singelo coxim; o conjunto lembra, na melhor hipótese, um padrão de caminho. Desconhecida a data da sua construção, até pelo carácter anódino da arquitectura, poder-se-à apontar qualquer data a partir da doação do foral novo de D. Manuel, embora possa ser consideravelmente tardio.
FOTO de Albano Nascimento
Outeiro mostra-nos um elaborado pelourinho de fuste oitavado, decorado com florões em toda a sua altura, e em faces alternadas, tendo no topo dois colaretes salientes, redondos. Tem uma base quadrangular, que assenta sobre um soco igualmente quadrangular, formado por dois degraus, um dos quais para vencer o desnível do terreno. O capitel é em cruz grega, com carrancas nas extremidades. Sobre dois dos braços, conservam-se ainda ferros de expressão zoomórfica. O remate é prismático e profusamente decorado, apresentando as armas de Portugal, uma figura eclesiástica com outra ajoelhada a seus pés, um cavaleiro com espada e um capacete partido; é encimado por um pequeno elemento coniforme rematado por uma semi-esfera. Perto do pelourinho situa-se a antiga cadeia (visível na imagem).
Acesso: . Em Outeiro (EN 218, a 28 km de Bragança) no Largo da Cadeia.
Protecção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 23 122, DG 231 de 11 Outubro 1933
FOTO de Albano Nascimento
Em frente à igreja de Santo Cristo do Outeiro ergue-se este cruzeiro de caminho, assente sobre cinco degraus de forma quadrangular. A base é cúbica e emoldurada, tendo esculpida no meio uma roseta. O fuste é circular e está decorado da seguinte forma: até um terço da sua altura é estriado, fazendo lembrar uma flor de lotus; os restantes dois terços ostentam decoração em forma de escama de peixe. O seu diâmetro diminui até ao capitel, que é de estilo coríntio. O conjunto é rematado por uma cruz latina, com Cristo crucificado.
Acesso: EN 218, a 29 km de Bragança, na sede de freguesia, em frente à igreja de Santo Cristo.
Protecção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 40 361, DG 228 de 20 Outubro 1955.
FOTO de JP Nascimento
Pelourinho seiscentista erguido sobre um soco formado por três degraus octogonais, sendo o terceiro para compensar ligeiro declive. Sobre eles assenta uma base cúbica facetada de 60 cm que suporta um fuste oitavado monolítico, sobrepujado por um capitel redondo onde se inscreve uma cruz grega, com figuras zoomórficas e antropomórficas nos seus topos e intervalos. Existem igualmente as representações do Sol e da Lua. O remate em paralelepípedo exibe numa das faces as armas de Portugal, envoltas por um homem de braços abertos, e na face oposta mostra um touro.
Acesso: De Macedo em direcção a Bragança pela EN 102, cruzamento à direita 2 km depois de Macedo.
Protecção: Imóvel de Interesse Público, Dec. nº 23 122, DG 231 de 11 Outubro 1933.
FOTO de Albano Nascimento
É um pelourinho de feição rústica, assente sobre duas pedras de mó que formam dois degraus circulares. A coluna tem o fuste oitavado, liso e composto por três fracções. Encima-o um duplo anel, também ele facetado e pequeno paralelepípedo simulando o capitel.
FOTO de Albano Nascimento
A povoação sede da freguesia teve foral de D. Dinis, dado em 1310, e foral novo outorgado por D. Manuel I em 1512. Alguns anos depois foi levantado o pelourinho manuelino que não sobreviveria à extinção do concelho.
Tendo sido detectados alguns dos restos do antigo e nobre monumento, pelo que se promoveu o seu restauro no largo principal da aldeia. Belo e erguendo-se em toda a sua imponência tem como única peça original o capitel que servia de batente numa loja de bois. É de granito, oitavado, decorado por três ordens de ornatos, que se repetem, alternando em cada face do octógono. Num, uma torre com três janelas, terminada em triângulo coroado por uma cruz; no outro, um triângulo encimado por três círculos contínuos em linha recta e no outro uma carantonha. O centro da base apresenta o orifício onde encaixava o fuste da coluna. da base apresenta o orifício onde encaixava o fuste da coluna.
FOTO de Albano Nascimento
Cruzeiro de caminho barroco do séc.XVIII, constituído por uma coluna circular, com fuste listrado por caneluras alternando com fachas, assente numa base de forma circular com dois degraus. Junto do capitel existe um escudo esquartelado com as armas dos Machados de Araújos, um leão e um castelo. Encima o conjunto uma cruz latina com representação escultórica de Cristo, de um lado, e de Nossa Senhora da Conceição do outro. Todo este conjunto superior está pintado.
O cruzeiro encontra-se no interior de um alpendre aberto de planta circular, com quatro pilares em granito. Estes estão ligados por outros tantos arcos redondos que sustentam um tambor e a respectiva cimalha, no qual se apoia uma cúpula.
Os pilares são coroados por pináculos em forma de urna. O conjunto está rodeado por um muro baixo de granito, encimado por uma grade de ferro com flechas. A entrada faz-se por um pequeno portão de ferro, visível na imagem acima.
FOTO de Albano Nascimento
Pelourinho edificado no início do século XVI, altura em que D.Manuel concedeu foral a Lordelo.
Trata-se de um pelourinho constituído por uma base circular formada por três degraus de granito e sobre a qual assenta o fuste de uma só peça, o qual tem a forma de um paralelepípedo octogonal e é encimado por um capitel em forma de duas pirâmides sobrepostas. A base original era formada por uma rocha com os degraus circulares, como a actual.
FOTO de Albano Nascimento
Abreiro Pelourinho quinhentista erguido sobre um soco de três degraus quadrangulares, sendo o primeiro de altura irregular para corrigir o desnível do terreno. A base, tronco-piramidal de secção octogonal, apresenta faces irregulares com o rebordo saliente. A coluna, de fuste oitavado liso, é encimada por um capitel de quatro faces onde se observam as armas de Portugal além de outros emblemas ilegíveis. O remate é constituído por uma pirâmide que sustenta uma esfera
FOTO de JPNascimento
A antiga povoação de Arneirós é hoje uma aldeia integrada em Vila Nova de Souto d'el Rei, freguesia de Lamego. Chegou a ter a categoria de vila, como Couto dos Bispos de Lamego, criado pelo rei D. Dinis com territórios que até então pertenciam à Coroa, e extinto em 1836. Nunca teve foral, mas a sua equiparação a concelho garantiu-lhe o direito a levantar pelourinho, símbolo da relativa autonomia da jurisdição local.
Este, que ainda hoje se ergue à entrada da povoação, foi construído em data incerta, e é um monumento muito singelo, talvez o mais simples de todos quantos se erguem no distrito, onde existem outros exemplares de grande rusticidade. Assenta numa plataforma de três degraus circulares, de aresta, estando o primeiro semi-enterrado no solo, bastante desnivelado, Apresenta alguns sinais de desgaste e restauro (rachaduras e aplicações de cimento). A coluna assenta directamente sobre os degraus, constando de um fuste cilíndrico, liso, de afeiçoamento tosco. Entre este e a peça de remate existe apenas uma moldura plana, pouco saliente. O remate é constituído por uma pinha lisa, cuja base tem a mesma circunferência do fuste. SML
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