Domingo, 18 de Fevereiro de 2018

VILAR do PORRO - BOTICAS

VILAR do PORRO BOTICAS_6677.JPG

 


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Terça-feira, 22 de Setembro de 2015

PELOURINHO de CAMPO MAIOR - PORTALEGRE

CAMPO MAIOR_6539 (107).JPG

A povoação de Campo Maior esteve sob domínio árabe até ao início do século XIII, tendo sido finalmente conquistada aos mouros por um nobre de Badajoz, de apelido Peres ou Pérez, em 1219. Em meados do século é elevada à categoria de vila, ainda por determinação de Afonso X, rei de Leão; Campo Maior pertencia então à igreja de Santa Maria do Castelo de Badajoz, cujo bispo, D. Frei Pedro Pérez, provinha da família conquistadora. Foi este mesmo bispo quem lhe outorgou, em 1260, a primeira carta de foral. No entanto, e na sequência do tratado de paz instituído entre Portugal e Castela em 1297, na localidade de Alcanizes, a localidade passa a ser considerada território nacional, recebendo dois anos mais tarde o título de vila portuguesa, ao qual se segue (em 1309) o foral dionisino, e logo a reedificação do castelo, de grande importância estratégica. Com D. Manuel, em 1512, Campo Maior recebe novo foral, sendo incorporada nos bens da coroa.
No entanto, o pelourinho actual terá sido erguido bem mais tarde, de acordo com a sua feição seiscentista (se não mais tardia). No século XVII, e no contexto da Guerra da Restauração, Campo Maior assiste a grandes movimentações bélicas, e à renovação e reconstrução das suas fortificações. Em 1712 a vila é cercada pelo exército inimigo, comandado pelo Marquês de Bay, tendo conseguido, apesar da dureza do prolongado ataque, resistir-lhe. Mas alguns anos mais tarde, em 1732, dá-se o rebentamento de uma das torres do castelo, utilizada como paiol, na sequência da qual a maior parte da vila desaparece. D. João V determina a imediata reconstrução do castelo, e a vila ergue-se lentamente, crescendo bastante ao longo do século. O pelourinho foi provavelmente erguido no entusiasmo do processo da Restauração, talvez até aquando da renovação da malha urbana, após 1732.
Este levanta-se diante dos Paços do Concelho, sobre uma plataforma constituída por cinco degraus quadrangulares, de parapeito com ângulos chanfrados, de factura moderna, resultado de um restauro sofrido pelo monumento em 1939. Sobre este ergue-se a coluna, assente numa base composta, formada por um plinto quadrangular, escócia e troço bojudo. O fuste é poligonal, oitavado, sendo as faces molduradas com estrias rectas. Sobre este destaca-se o capitel, igualmente oitavado e da mesma largura do fuste, cujas faces são decoradas com motivos vegetalistas (folhas nervuradas e onduladas, enrolamentos e botões), alternando com carrancas zoomórficas. O remate assenta numa plataforma poligonal saliente, constando de uma grande esfera decorada com molduras curvas, delicados motivos vegetalistas, e quatro florões em cujos centros estão cravados os quatro ferros de sujeição. Dispostos em cruz, os ferros (em forma de serpes) são bastante elaborados, recurvos, e ainda apresentam as argolas. No topo, em disposição bastante original, está uma escultura perfeitamente barroca, representando a Justiça, com panejamentos plenos de movimento, e exibindo uma espada e balança de pratos em ferro. Da base da escultura consta a inscrição "IUSTISA". O conjunto é em mármore branco, talhado com perfeição. Foi apeado em 1879, e restaurado em 1939, quando se fez de novo o soco. Note-se ainda, como detalhe de interesse histórico, que em 1859 este pelourinho foi ainda palco da execução de três condenados à morte. SML

 


publicado por Albano Nascimento às 22:00
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PELOURINHO DE CAMPO MAIOR - PORTALEGRE

CAMPO MAIOR_6539 (108).JPG

A povoação de Campo Maior esteve sob domínio árabe até ao início do século XIII, tendo sido finalmente conquistada aos mouros por um nobre de Badajoz, de apelido Peres ou Pérez, em 1219. Em meados do século é elevada à categoria de vila, ainda por determinação de Afonso X, rei de Leão; Campo Maior pertencia então à igreja de Santa Maria do Castelo de Badajoz, cujo bispo, D. Frei Pedro Pérez, provinha da família conquistadora. Foi este mesmo bispo quem lhe outorgou, em 1260, a primeira carta de foral. No entanto, e na sequência do tratado de paz instituído entre Portugal e Castela em 1297, na localidade de Alcanizes, a localidade passa a ser considerada território nacional, recebendo dois anos mais tarde o título de vila portuguesa, ao qual se segue (em 1309) o foral dionisino, e logo a reedificação do castelo, de grande importância estratégica. Com D. Manuel, em 1512, Campo Maior recebe novo foral, sendo incorporada nos bens da coroa.
No entanto, o pelourinho actual terá sido erguido bem mais tarde, de acordo com a sua feição seiscentista (se não mais tardia). No século XVII, e no contexto da Guerra da Restauração, Campo Maior assiste a grandes movimentações bélicas, e à renovação e reconstrução das suas fortificações. Em 1712 a vila é cercada pelo exército inimigo, comandado pelo Marquês de Bay, tendo conseguido, apesar da dureza do prolongado ataque, resistir-lhe. Mas alguns anos mais tarde, em 1732, dá-se o rebentamento de uma das torres do castelo, utilizada como paiol, na sequência da qual a maior parte da vila desaparece. D. João V determina a imediata reconstrução do castelo, e a vila ergue-se lentamente, crescendo bastante ao longo do século. O pelourinho foi provavelmente erguido no entusiasmo do processo da Restauração, talvez até aquando da renovação da malha urbana, após 1732.
Este levanta-se diante dos Paços do Concelho, sobre uma plataforma constituída por cinco degraus quadrangulares, de parapeito com ângulos chanfrados, de factura moderna, resultado de um restauro sofrido pelo monumento em 1939. Sobre este ergue-se a coluna, assente numa base composta, formada por um plinto quadrangular, escócia e troço bojudo. O fuste é poligonal, oitavado, sendo as faces molduradas com estrias rectas. Sobre este destaca-se o capitel, igualmente oitavado e da mesma largura do fuste, cujas faces são decoradas com motivos vegetalistas (folhas nervuradas e onduladas, enrolamentos e botões), alternando com carrancas zoomórficas. O remate assenta numa plataforma poligonal saliente, constando de uma grande esfera decorada com molduras curvas, delicados motivos vegetalistas, e quatro florões em cujos centros estão cravados os quatro ferros de sujeição. Dispostos em cruz, os ferros (em forma de serpes) são bastante elaborados, recurvos, e ainda apresentam as argolas. No topo, em disposição bastante original, está uma escultura perfeitamente barroca, representando a Justiça, com panejamentos plenos de movimento, e exibindo uma espada e balança de pratos em ferro. Da base da escultura consta a inscrição "IUSTISA". O conjunto é em mármore branco, talhado com perfeição. Foi apeado em 1879, e restaurado em 1939, quando se fez de novo o soco. Note-se ainda, como detalhe de interesse histórico, que em 1859 este pelourinho foi ainda palco da execução de três condenados à morte. SML 


publicado por Albano Nascimento às 20:00
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PELOURINHO de CAMPO MAIOR - PORTALEGRE

CAMPO MAIOR_6539 (106).JPG

A povoação de Campo Maior esteve sob domínio árabe até ao início do século XIII, tendo sido finalmente conquistada aos mouros por um nobre de Badajoz, de apelido Peres ou Pérez, em 1219. Em meados do século é elevada à categoria de vila, ainda por determinação de Afonso X, rei de Leão; Campo Maior pertencia então à igreja de Santa Maria do Castelo de Badajoz, cujo bispo, D. Frei Pedro Pérez, provinha da família conquistadora. Foi este mesmo bispo quem lhe outorgou, em 1260, a primeira carta de foral. No entanto, e na sequência do tratado de paz instituído entre Portugal e Castela em 1297, na localidade de Alcanizes, a localidade passa a ser considerada território nacional, recebendo dois anos mais tarde o título de vila portuguesa, ao qual se segue (em 1309) o foral dionisino, e logo a reedificação do castelo, de grande importância estratégica. Com D. Manuel, em 1512, Campo Maior recebe novo foral, sendo incorporada nos bens da coroa.
No entanto, o pelourinho actual terá sido erguido bem mais tarde, de acordo com a sua feição seiscentista (se não mais tardia). No século XVII, e no contexto da Guerra da Restauração, Campo Maior assiste a grandes movimentações bélicas, e à renovação e reconstrução das suas fortificações. Em 1712 a vila é cercada pelo exército inimigo, comandado pelo Marquês de Bay, tendo conseguido, apesar da dureza do prolongado ataque, resistir-lhe. Mas alguns anos mais tarde, em 1732, dá-se o rebentamento de uma das torres do castelo, utilizada como paiol, na sequência da qual a maior parte da vila desaparece. D. João V determina a imediata reconstrução do castelo, e a vila ergue-se lentamente, crescendo bastante ao longo do século. O pelourinho foi provavelmente erguido no entusiasmo do processo da Restauração, talvez até aquando da renovação da malha urbana, após 1732.
Este levanta-se diante dos Paços do Concelho, sobre uma plataforma constituída por cinco degraus quadrangulares, de parapeito com ângulos chanfrados, de factura moderna, resultado de um restauro sofrido pelo monumento em 1939. Sobre este ergue-se a coluna, assente numa base composta, formada por um plinto quadrangular, escócia e troço bojudo. O fuste é poligonal, oitavado, sendo as faces molduradas com estrias rectas. Sobre este destaca-se o capitel, igualmente oitavado e da mesma largura do fuste, cujas faces são decoradas com motivos vegetalistas (folhas nervuradas e onduladas, enrolamentos e botões), alternando com carrancas zoomórficas. O remate assenta numa plataforma poligonal saliente, constando de uma grande esfera decorada com molduras curvas, delicados motivos vegetalistas, e quatro florões em cujos centros estão cravados os quatro ferros de sujeição. Dispostos em cruz, os ferros (em forma de serpes) são bastante elaborados, recurvos, e ainda apresentam as argolas. No topo, em disposição bastante original, está uma escultura perfeitamente barroca, representando a Justiça, com panejamentos plenos de movimento, e exibindo uma espada e balança de pratos em ferro. Da base da escultura consta a inscrição "IUSTISA". O conjunto é em mármore branco, talhado com perfeição. Foi apeado em 1879, e restaurado em 1939, quando se fez de novo o soco. Note-se ainda, como detalhe de interesse histórico, que em 1859 este pelourinho foi ainda palco da execução de três condenados à morte. SML

 


publicado por Albano Nascimento às 14:32
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Segunda-feira, 14 de Setembro de 2015

PELOURINHO DE BELMONTE - GUARDA

BELMONTE_6285 (1).JPGBELMONTE_6282 (11).JPG

Belmonte teve primeiro foral em 1199, dado por D. Sancho I, na sequência da necessidade de povoar este local fronteiriço, e logo de grande importância estratégica. A construção do castelo, depois integrado no senhorio do Bispo de Coimbra, e muito possivelmente edificado sobre fortificações pré-existentes, terá arrancado de imediato, erguendo-se a Torre de Menagem em finais do séc. XIII, quando a vila já era consideravelmente desenvolvida. Belmonte recebe Carta de Couto em 1387, e cerca de uma década mais tarde é nomeado o primeiro alcaide do castelo, Luís Álvares Cabral, antepassado de Pedro Álvares Cabral, que aí nasceu em c. 1467. Em 1510, é D. Manuel quem concede novo foral à vila. No entanto, o pelourinho de Belmonte seria de factura anterior, quatrocentista. Foi derrubado no século XIX, por ocasião da remodelação do largo onde se ergue, em 1885, e as peças que restavam, encontradas em 1975, foram remontadas em 1986, incluindo elementos feitos de novo.
Ergue-se sobre base moderna, datada da reconstrução, constituída por três degraus octogonais. Sobre estes destaca-se uma singela coluna em granito, lisa, composta por quatro tambores, sobre a qual assenta um alto cilindro, ao modo de capitel, ostentando numa das faces uma "tabuinha" com a representação de uma prensa de azeite. O pelourinho original seria muito semelhante ao de Trancoso, rematado por capitel no qual assenta uma pinha em gaiola, mas os restantes elementos não foram encontrados (Cristina NOGUEIRA, 2005).
A prensa aí representada é origem de uma lenda local, relatando como uma criança de Belmonte, filha de um dos alcaides (descendente de Luís Álvares Cabral), foi raptada e morta, num máquina semelhante, por inimigos que haviam cercado o castelo, visto seu pai se recusar a entregá-lo. Anda que a lenda careça de fundamento, parece aludir à verdadeira simbólica do instrumento, evocando a mitificada fidelidade dos Cabrais. A prensa figurava no brasão de D. Fernão Cabral, alcaide-mor de Belmonte, pai do navegador, e representava o rigor com o qual este desempenharia o seu cargo, administrando e aplicando justiça nas terras da Beira e Riba-Côa, e nas comarcas de Viseu e da Covilhã, à qual pertencia a vila. A prensa foi tomada como emblema do Concelho e apresentada em vários locais do burgo, tal como nas suas portas públicas e fontes (Cristina NOGUEIRA, 2005), restando apenas a figuração do pelourinho e uma outra, na Igreja de Santiago, onde está o panteão dos Cabrais, entre vários outros testemunhos da sua acção em Belmonte. SML


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Domingo, 13 de Setembro de 2015

PELOURINHO DE BELMONTE - GUARDA

BELMONTE_6282 (1).JPG

Belmonte teve primeiro foral em 1199, dado por D. Sancho I, na sequência da necessidade de povoar este local fronteiriço, e logo de grande importância estratégica. A construção do castelo, depois integrado no senhorio do Bispo de Coimbra, e muito possivelmente edificado sobre fortificações pré-existentes, terá arrancado de imediato, erguendo-se a Torre de Menagem em finais do séc. XIII, quando a vila já era consideravelmente desenvolvida. Belmonte recebe Carta de Couto em 1387, e cerca de uma década mais tarde é nomeado o primeiro alcaide do castelo, Luís Álvares Cabral, antepassado de Pedro Álvares Cabral, que aí nasceu em c. 1467. Em 1510, é D. Manuel quem concede novo foral à vila. No entanto, o pelourinho de Belmonte seria de factura anterior, quatrocentista. Foi derrubado no século XIX, por ocasião da remodelação do largo onde se ergue, em 1885, e as peças que restavam, encontradas em 1975, foram remontadas em 1986, incluindo elementos feitos de novo.
Ergue-se sobre base moderna, datada da reconstrução, constituída por três degraus octogonais. Sobre estes destaca-se uma singela coluna em granito, lisa, composta por quatro tambores, sobre a qual assenta um alto cilindro, ao modo de capitel, ostentando numa das faces uma "tabuinha" com a representação de uma prensa de azeite. O pelourinho original seria muito semelhante ao de Trancoso, rematado por capitel no qual assenta uma pinha em gaiola, mas os restantes elementos não foram encontrados (Cristina NOGUEIRA, 2005).
A prensa aí representada é origem de uma lenda local, relatando como uma criança de Belmonte, filha de um dos alcaides (descendente de Luís Álvares Cabral), foi raptada e morta, num máquina semelhante, por inimigos que haviam cercado o castelo, visto seu pai se recusar a entregá-lo. Anda que a lenda careça de fundamento, parece aludir à verdadeira simbólica do instrumento, evocando a mitificada fidelidade dos Cabrais. A prensa figurava no brasão de D. Fernão Cabral, alcaide-mor de Belmonte, pai do navegador, e representava o rigor com o qual este desempenharia o seu cargo, administrando e aplicando justiça nas terras da Beira e Riba-Côa, e nas comarcas de Viseu e da Covilhã, à qual pertencia a vila. A prensa foi tomada como emblema do Concelho e apresentada em vários locais do burgo, tal como nas suas portas públicas e fontes (Cristina NOGUEIRA, 2005), restando apenas a figuração do pelourinho e uma outra, na Igreja de Santiago, onde está o panteão dos Cabrais, entre vários outros testemunhos da sua acção em Belmonte. SML

 


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Segunda-feira, 31 de Agosto de 2015

CRUZEIRO DO MINDELO

MINDELO_6778 (1).JPG

 


publicado por Albano Nascimento às 21:40
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Domingo, 21 de Dezembro de 2014

PELOURINHO DE BRAGANÇA - COMEMORAÇÃO DOS 500 ANOS DO FORAL MANUELINO

PELOURINHO BRAGANÇA_9673 (3).JPGPELOURINHO BRAGANÇA_9750 (4).JPG

 

O território onde se situa a cidade de Bragança foi habitado desde o Paleolítico, de acordo com os inúmeros achados arqueológicos na região. Alguns destes tornaram-se verdadeiros ex-libris das povoações onde se encontram, convivendo ao longo dos séculos com monumentos muito posteriores. Assim se passa com a escultura que constitui a base do pelourinho de Bragança, como veremos adiante, e que é presumivelmente um monumento proto-histórico.
Após uma longa história de sucessivos povoamentos e subsequentes arrasamentos, a localidade, numa região de grande importância estratégica, foi reerguida em 1130 por ordem de Fernão Mendes, futuro cunhado de D. Afonso Henriques, e tenens de Bragança entre 1128 e 1145. Em 1187, D. Sancho I concede foral à povoação, então já referida como civitate Bragancia, mandando erguer o castelo no lugar de Benquerença, pertencente ao Mosteiro de Castro de Avelãs. A vila torna-se ducado em 1422, a par da criação da Casa de Bragança, sendo o primeiro duque D. Afonso, filho natural de D. João I. O segundo duque, D. Fernando, conseguiu de D. Afonso V a elevação da vila de Bragança à categoria de cidade, em 1464. Seguiu-se foral novo dado por D. Manuel, em 1514.
À doação de foral manuelino seguia-se habitualmente a construção de um pelourinho novo, e assim aconteceu na maioria dos casos, em todo o país. Em Bragança, ao que tudo indica, manteve-se o pelourinho antigo, presumivelmente do século XIII, que ainda hoje se ergue no interior do recinto amuralhado.
Este monumento implantar-se-ia primitivamente junto à famosa Domus Municipalis bragantina, levantando-se a partir de 1860 num pequeno largo outrora ocupado pela Igreja de São Pedro, perto da Torre de Menagem. Sobre um soco de quatro degraus octogonais, de rebordo boleado, levanta-se o conjunto da base, coluna, capitel e remate, em granito. A base constitui uma das suas maiores particularidades, visto tratar-se da já referida escultura proto-histórica (talvez da Idade do Ferro, c. 500 a.C.) de um berrão, ou varrasco, frequente no nordeste transmontano, ligada a um culto totémico, e conhecida em Bragança por Porca da Vila. O dorso do berrão é trespassado pela coluna do pelourinho, que assenta no degrau superior da plataforma, e seria adicionalmente fixado à escultura através de um espigão atravessando-a na horizontal, vendo-se os respectivos orifícios no seu flanco. O fuste da coluna é cilíndrico e liso, elevando-se a mais de seis metros de altura, e interrompido no terço superior por um anel de pedra; no seu topo encaixa um capitel em largo anel cilíndrico, de onde irrompem quatro braços em cruz. Cada braço, semelhante a uma gárgula, é rematado por representações morfológicas e zoomórficas, figurando duas carrancas opostas, e ainda uma ave e um cão. Os intervalos entre os braços são preenchidos com relevos dificilmente legíveis, aparentemente cenas de suplícios. Sobre o capitel eleva-se uma grande figura fantástica, de bocarra aberta, que serve de tenente a um brasão, apresentado entre as suas quatro patas em garra: de um lado vêem-se cinco quinas, do outro um castelo (torre).
Sendo certo que não é possível datar com exactidão este pelourinho, tem sido aceite pela generalidade dos autores tratar-se de obra do século XIII. Note-se que a sua tipologia românica não seria desagradável ao gosto manuelino, nas primeiras décadas de Quinhentos, quando elementos do repertório artístico dos primeiros séculos da nacionalidade eram frequentemente reproduzidos. De resto, este pelourinho é tido como o primeiro de uma série de monumentos semelhantes, justamente classificados como "de tipo bragançano" (Luís CHAVES, 1938), e cuja maioria dos exemplares é manuelina. Quanto aos berrões, mencionados por João de Barros em 1545 (como bois), eram então considerados herança "do tempo dos gregos", e seriam provavelmente valorizados e conservados. SML 

 


publicado por Albano Nascimento às 20:00
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Sábado, 20 de Dezembro de 2014

PELOURINHO DE BRAGANÇA - COMEMORAÇÃO DOS 500 ANOS DO FORAL MANUELINO

PELOURINHO BRAGANÇA_9750 (1).JPG

 O território onde se situa a cidade de Bragança foi habitado desde o Paleolítico, de acordo com os inúmeros achados arqueológicos na região. Alguns destes tornaram-se verdadeiros ex-libris das povoações onde se encontram, convivendo ao longo dos séculos com monumentos muito posteriores. Assim se passa com a escultura que constitui a base do pelourinho de Bragança, como veremos adiante, e que é presumivelmente um monumento proto-histórico.
Após uma longa história de sucessivos povoamentos e subsequentes arrasamentos, a localidade, numa região de grande importância estratégica, foi reerguida em 1130 por ordem de Fernão Mendes, futuro cunhado de D. Afonso Henriques, e tenens de Bragança entre 1128 e 1145. Em 1187, D. Sancho I concede foral à povoação, então já referida como civitate Bragancia, mandando erguer o castelo no lugar de Benquerença, pertencente ao Mosteiro de Castro de Avelãs. A vila torna-se ducado em 1422, a par da criação da Casa de Bragança, sendo o primeiro duque D. Afonso, filho natural de D. João I. O segundo duque, D. Fernando, conseguiu de D. Afonso V a elevação da vila de Bragança à categoria de cidade, em 1464. Seguiu-se foral novo dado por D. Manuel, em 1514.
À doação de foral manuelino seguia-se habitualmente a construção de um pelourinho novo, e assim aconteceu na maioria dos casos, em todo o país. Em Bragança, ao que tudo indica, manteve-se o pelourinho antigo, presumivelmente do século XIII, que ainda hoje se ergue no interior do recinto amuralhado.
Este monumento implantar-se-ia primitivamente junto à famosa Domus Municipalis bragantina, levantando-se a partir de 1860 num pequeno largo outrora ocupado pela Igreja de São Pedro, perto da Torre de Menagem. Sobre um soco de quatro degraus octogonais, de rebordo boleado, levanta-se o conjunto da base, coluna, capitel e remate, em granito. A base constitui uma das suas maiores particularidades, visto tratar-se da já referida escultura proto-histórica (talvez da Idade do Ferro, c. 500 a.C.) de um berrão, ou varrasco, frequente no nordeste transmontano, ligada a um culto totémico, e conhecida em Bragança por Porca da Vila. O dorso do berrão é trespassado pela coluna do pelourinho, que assenta no degrau superior da plataforma, e seria adicionalmente fixado à escultura através de um espigão atravessando-a na horizontal, vendo-se os respectivos orifícios no seu flanco. O fuste da coluna é cilíndrico e liso, elevando-se a mais de seis metros de altura, e interrompido no terço superior por um anel de pedra; no seu topo encaixa um capitel em largo anel cilíndrico, de onde irrompem quatro braços em cruz. Cada braço, semelhante a uma gárgula, é rematado por representações morfológicas e zoomórficas, figurando duas carrancas opostas, e ainda uma ave e um cão. Os intervalos entre os braços são preenchidos com relevos dificilmente legíveis, aparentemente cenas de suplícios. Sobre o capitel eleva-se uma grande figura fantástica, de bocarra aberta, que serve de tenente a um brasão, apresentado entre as suas quatro patas em garra: de um lado vêem-se cinco quinas, do outro um castelo (torre).
Sendo certo que não é possível datar com exactidão este pelourinho, tem sido aceite pela generalidade dos autores tratar-se de obra do século XIII. Note-se que a sua tipologia românica não seria desagradável ao gosto manuelino, nas primeiras décadas de Quinhentos, quando elementos do repertório artístico dos primeiros séculos da nacionalidade eram frequentemente reproduzidos. De resto, este pelourinho é tido como o primeiro de uma série de monumentos semelhantes, justamente classificados como "de tipo bragançano" (Luís CHAVES, 1938), e cuja maioria dos exemplares é manuelina. Quanto aos berrões, mencionados por João de Barros em 1545 (como bois), eram então considerados herança "do tempo dos gregos", e seriam provavelmente valorizados e conservados. SML


publicado por Albano Nascimento às 20:00
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Sexta-feira, 19 de Dezembro de 2014

PELOURINHO DE BRAGANÇA - COMEMORAÇÃO DOS 500 ANOS DO FORAL MANUELINO

PELOURINHO BRAGANÇA_9750 (2).JPG

 O território onde se situa a cidade de Bragança foi habitado desde o Paleolítico, de acordo com os inúmeros achados arqueológicos na região. Alguns destes tornaram-se verdadeiros ex-libris das povoações onde se encontram, convivendo ao longo dos séculos com monumentos muito posteriores. Assim se passa com a escultura que constitui a base do pelourinho de Bragança, como veremos adiante, e que é presumivelmente um monumento proto-histórico.
Após uma longa história de sucessivos povoamentos e subsequentes arrasamentos, a localidade, numa região de grande importância estratégica, foi reerguida em 1130 por ordem de Fernão Mendes, futuro cunhado de D. Afonso Henriques, e tenens de Bragança entre 1128 e 1145. Em 1187, D. Sancho I concede foral à povoação, então já referida como civitate Bragancia, mandando erguer o castelo no lugar de Benquerença, pertencente ao Mosteiro de Castro de Avelãs. A vila torna-se ducado em 1422, a par da criação da Casa de Bragança, sendo o primeiro duque D. Afonso, filho natural de D. João I. O segundo duque, D. Fernando, conseguiu de D. Afonso V a elevação da vila de Bragança à categoria de cidade, em 1464. Seguiu-se foral novo dado por D. Manuel, em 1514.
À doação de foral manuelino seguia-se habitualmente a construção de um pelourinho novo, e assim aconteceu na maioria dos casos, em todo o país. Em Bragança, ao que tudo indica, manteve-se o pelourinho antigo, presumivelmente do século XIII, que ainda hoje se ergue no interior do recinto amuralhado.
Este monumento implantar-se-ia primitivamente junto à famosa Domus Municipalis bragantina, levantando-se a partir de 1860 num pequeno largo outrora ocupado pela Igreja de São Pedro, perto da Torre de Menagem. Sobre um soco de quatro degraus octogonais, de rebordo boleado, levanta-se o conjunto da base, coluna, capitel e remate, em granito. A base constitui uma das suas maiores particularidades, visto tratar-se da já referida escultura proto-histórica (talvez da Idade do Ferro, c. 500 a.C.) de um berrão, ou varrasco, frequente no nordeste transmontano, ligada a um culto totémico, e conhecida em Bragança por Porca da Vila. O dorso do berrão é trespassado pela coluna do pelourinho, que assenta no degrau superior da plataforma, e seria adicionalmente fixado à escultura através de um espigão atravessando-a na horizontal, vendo-se os respectivos orifícios no seu flanco. O fuste da coluna é cilíndrico e liso, elevando-se a mais de seis metros de altura, e interrompido no terço superior por um anel de pedra; no seu topo encaixa um capitel em largo anel cilíndrico, de onde irrompem quatro braços em cruz. Cada braço, semelhante a uma gárgula, é rematado por representações morfológicas e zoomórficas, figurando duas carrancas opostas, e ainda uma ave e um cão. Os intervalos entre os braços são preenchidos com relevos dificilmente legíveis, aparentemente cenas de suplícios. Sobre o capitel eleva-se uma grande figura fantástica, de bocarra aberta, que serve de tenente a um brasão, apresentado entre as suas quatro patas em garra: de um lado vêem-se cinco quinas, do outro um castelo (torre).
Sendo certo que não é possível datar com exactidão este pelourinho, tem sido aceite pela generalidade dos autores tratar-se de obra do século XIII. Note-se que a sua tipologia românica não seria desagradável ao gosto manuelino, nas primeiras décadas de Quinhentos, quando elementos do repertório artístico dos primeiros séculos da nacionalidade eram frequentemente reproduzidos. De resto, este pelourinho é tido como o primeiro de uma série de monumentos semelhantes, justamente classificados como "de tipo bragançano" (Luís CHAVES, 1938), e cuja maioria dos exemplares é manuelina. Quanto aos berrões, mencionados por João de Barros em 1545 (como bois), eram então considerados herança "do tempo dos gregos", e seriam provavelmente valorizados e conservados. SML

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Quinta-feira, 18 de Dezembro de 2014

PELOURINHO DE BRAGANÇA - COMEMORAÇÃO DOS 500 ANOS DO FORAL MANUELINO

PELOURINHO BRAGANÇA_9679.JPG

 

 O território onde se situa a cidade de Bragança foi habitado desde o Paleolítico, de acordo com os inúmeros achados arqueológicos na região. Alguns destes tornaram-se verdadeiros ex-libris das povoações onde se encontram, convivendo ao longo dos séculos com monumentos muito posteriores. Assim se passa com a escultura que constitui a base do pelourinho de Bragança, como veremos adiante, e que é presumivelmente um monumento proto-histórico.
Após uma longa história de sucessivos povoamentos e subsequentes arrasamentos, a localidade, numa região de grande importância estratégica, foi reerguida em 1130 por ordem de Fernão Mendes, futuro cunhado de D. Afonso Henriques, e tenens de Bragança entre 1128 e 1145. Em 1187, D. Sancho I concede foral à povoação, então já referida como civitate Bragancia, mandando erguer o castelo no lugar de Benquerença, pertencente ao Mosteiro de Castro de Avelãs. A vila torna-se ducado em 1422, a par da criação da Casa de Bragança, sendo o primeiro duque D. Afonso, filho natural de D. João I. O segundo duque, D. Fernando, conseguiu de D. Afonso V a elevação da vila de Bragança à categoria de cidade, em 1464. Seguiu-se foral novo dado por D. Manuel, em 1514.
À doação de foral manuelino seguia-se habitualmente a construção de um pelourinho novo, e assim aconteceu na maioria dos casos, em todo o país. Em Bragança, ao que tudo indica, manteve-se o pelourinho antigo, presumivelmente do século XIII, que ainda hoje se ergue no interior do recinto amuralhado.
Este monumento implantar-se-ia primitivamente junto à famosa Domus Municipalis bragantina, levantando-se a partir de 1860 num pequeno largo outrora ocupado pela Igreja de São Pedro, perto da Torre de Menagem. Sobre um soco de quatro degraus octogonais, de rebordo boleado, levanta-se o conjunto da base, coluna, capitel e remate, em granito. A base constitui uma das suas maiores particularidades, visto tratar-se da já referida escultura proto-histórica (talvez da Idade do Ferro, c. 500 a.C.) de um berrão, ou varrasco, frequente no nordeste transmontano, ligada a um culto totémico, e conhecida em Bragança por Porca da Vila. O dorso do berrão é trespassado pela coluna do pelourinho, que assenta no degrau superior da plataforma, e seria adicionalmente fixado à escultura através de um espigão atravessando-a na horizontal, vendo-se os respectivos orifícios no seu flanco. O fuste da coluna é cilíndrico e liso, elevando-se a mais de seis metros de altura, e interrompido no terço superior por um anel de pedra; no seu topo encaixa um capitel em largo anel cilíndrico, de onde irrompem quatro braços em cruz. Cada braço, semelhante a uma gárgula, é rematado por representações morfológicas e zoomórficas, figurando duas carrancas opostas, e ainda uma ave e um cão. Os intervalos entre os braços são preenchidos com relevos dificilmente legíveis, aparentemente cenas de suplícios. Sobre o capitel eleva-se uma grande figura fantástica, de bocarra aberta, que serve de tenente a um brasão, apresentado entre as suas quatro patas em garra: de um lado vêem-se cinco quinas, do outro um castelo (torre).
Sendo certo que não é possível datar com exactidão este pelourinho, tem sido aceite pela generalidade dos autores tratar-se de obra do século XIII. Note-se que a sua tipologia românica não seria desagradável ao gosto manuelino, nas primeiras décadas de Quinhentos, quando elementos do repertório artístico dos primeiros séculos da nacionalidade eram frequentemente reproduzidos. De resto, este pelourinho é tido como o primeiro de uma série de monumentos semelhantes, justamente classificados como "de tipo bragançano" (Luís CHAVES, 1938), e cuja maioria dos exemplares é manuelina. Quanto aos berrões, mencionados por João de Barros em 1545 (como bois), eram então considerados herança "do tempo dos gregos", e seriam provavelmente valorizados e conservados. SML

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Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2014

PELOURINHO DE BRAGANÇA - COMEMORAÇÃO DOS 500 ANOS DO FORAL MANUELINO

PELOURINHO BRAGANÇA_9673 (2).JPG

 O território onde se situa a cidade de Bragança foi habitado desde o Paleolítico, de acordo com os inúmeros achados arqueológicos na região. Alguns destes tornaram-se verdadeiros ex-libris das povoações onde se encontram, convivendo ao longo dos séculos com monumentos muito posteriores. Assim se passa com a escultura que constitui a base do pelourinho de Bragança, como veremos adiante, e que é presumivelmente um monumento proto-histórico.
Após uma longa história de sucessivos povoamentos e subsequentes arrasamentos, a localidade, numa região de grande importância estratégica, foi reerguida em 1130 por ordem de Fernão Mendes, futuro cunhado de D. Afonso Henriques, e tenens de Bragança entre 1128 e 1145. Em 1187, D. Sancho I concede foral à povoação, então já referida como civitate Bragancia, mandando erguer o castelo no lugar de Benquerença, pertencente ao Mosteiro de Castro de Avelãs. A vila torna-se ducado em 1422, a par da criação da Casa de Bragança, sendo o primeiro duque D. Afonso, filho natural de D. João I. O segundo duque, D. Fernando, conseguiu de D. Afonso V a elevação da vila de Bragança à categoria de cidade, em 1464. Seguiu-se foral novo dado por D. Manuel, em 1514.
À doação de foral manuelino seguia-se habitualmente a construção de um pelourinho novo, e assim aconteceu na maioria dos casos, em todo o país. Em Bragança, ao que tudo indica, manteve-se o pelourinho antigo, presumivelmente do século XIII, que ainda hoje se ergue no interior do recinto amuralhado.
Este monumento implantar-se-ia primitivamente junto à famosa Domus Municipalis bragantina, levantando-se a partir de 1860 num pequeno largo outrora ocupado pela Igreja de São Pedro, perto da Torre de Menagem. Sobre um soco de quatro degraus octogonais, de rebordo boleado, levanta-se o conjunto da base, coluna, capitel e remate, em granito. A base constitui uma das suas maiores particularidades, visto tratar-se da já referida escultura proto-histórica (talvez da Idade do Ferro, c. 500 a.C.) de um berrão, ou varrasco, frequente no nordeste transmontano, ligada a um culto totémico, e conhecida em Bragança por Porca da Vila. O dorso do berrão é trespassado pela coluna do pelourinho, que assenta no degrau superior da plataforma, e seria adicionalmente fixado à escultura através de um espigão atravessando-a na horizontal, vendo-se os respectivos orifícios no seu flanco. O fuste da coluna é cilíndrico e liso, elevando-se a mais de seis metros de altura, e interrompido no terço superior por um anel de pedra; no seu topo encaixa um capitel em largo anel cilíndrico, de onde irrompem quatro braços em cruz. Cada braço, semelhante a uma gárgula, é rematado por representações morfológicas e zoomórficas, figurando duas carrancas opostas, e ainda uma ave e um cão. Os intervalos entre os braços são preenchidos com relevos dificilmente legíveis, aparentemente cenas de suplícios. Sobre o capitel eleva-se uma grande figura fantástica, de bocarra aberta, que serve de tenente a um brasão, apresentado entre as suas quatro patas em garra: de um lado vêem-se cinco quinas, do outro um castelo (torre).
Sendo certo que não é possível datar com exactidão este pelourinho, tem sido aceite pela generalidade dos autores tratar-se de obra do século XIII. Note-se que a sua tipologia românica não seria desagradável ao gosto manuelino, nas primeiras décadas de Quinhentos, quando elementos do repertório artístico dos primeiros séculos da nacionalidade eram frequentemente reproduzidos. De resto, este pelourinho é tido como o primeiro de uma série de monumentos semelhantes, justamente classificados como "de tipo bragançano" (Luís CHAVES, 1938), e cuja maioria dos exemplares é manuelina. Quanto aos berrões, mencionados por João de Barros em 1545 (como bois), eram então considerados herança "do tempo dos gregos", e seriam provavelmente valorizados e conservados. SML

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PELOURINHO de MOGADOURO

MOGADOURO_9280 (11).JPGMOGADOURO_9280 (13).JPG

 

O primeiro foral dado á vila de Mogadouro tem a data de 27 de Dezembro de 1272, e o segundo a 18 de Novembro de 1273. O foral  Manuelino é de 4 de Maio de 1512.


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Sexta-feira, 28 de Novembro de 2014

PELOURINHO de MOGADOURO

MOGADOURO_9280 (9).JPG

O primeiro foral dado á vila de Mogadouro tem a data de 27 de Dezembro de 1272, e o segundo a 18 de Novembro de 1273. O foral  Manuelino é de 4 de Maio de 1512.

 

 

 

 


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Quarta-feira, 8 de Outubro de 2014

VILA NOVA FOZ COA

V.N. FOZ COA_5071 (34).JPG

Pelourinho quinhentista de granito, remontando, provavelmente, ao século XVIII, situado na Praça do Município. Tem um fuste quadrangular decorado, sustentado por quatro degraus. Os bordos superiores do capitel são ornados por cordões.Trata-se de um pelourinho de tabuleiro,profusamente decorado, com quatro pináculos rematados pela esfera armilar e por uma flor-de-lis.

 


publicado por Albano Nascimento às 22:15
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Terça-feira, 23 de Setembro de 2014

CHAVES - COMEMORAÇÕES DOS 500 ANOS DO FORAL MANUELINO


publicado por Albano Nascimento às 21:56
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Segunda-feira, 22 de Setembro de 2014

CHAVES - COMEMORAÇÕES DOS 500 ANOS DO FORAL MANUELINO

 

Integrando um dos seis concelhos da região do 'Alto Tâmega', Chaves encerra no seu termo testemunhos de origens muito remotas, ainda que predominem os vestígios correspondentes à Idade do Ferro - a exemplo dos povoados fortificados de altura - e do período romano, altura em que se ergueram múltiplas construções, especialmente no que se referia ao sistema viário, evidenciando, a par da localização estratégica da região, a fertilidade dos seus terrenos, riqueza termal das suas águas e abundância mineral dos seus subsolos, razões maiores da presença humana nos seus múltiplos recantos.
Antiga e imponente Aqua Flaviae romana, pontuada de várias tipologias arquitectónicas características de uma urbe da sua importância, Chaves acumulou valências ao longo dos tempos, convertendo paulatinamente o anterior núcleo urbano na área onde se ergue a igreja Matriz nos nossos dias. Não obstante, a sua imponência foi mitigando a partir do século III, nomeadamente com as denominadas "invasões bárbaras", ditando a destruição quase total da cidade romana, uma situação agravada durante a presença moura, com as intermináveis incursões bélicas e a consequente fuga populacional para as montanhas, até que, já no século XI, D. Afonso III (848-912), o 'Magno', de Castela, a reconquistou, ordenando a sua reconstrução e repovoamento. Chaves, porém, integraria 'Portugal' apenas em 1160.
Uma permanente instabilidade perfeitamente compreensível à luz da sua condição fronteiriça, conduzindo ao levantamento, por iniciativa de D. Dinis (1261-1325), do extenso sistema defensivo ainda hoje parcialmente visível na cidade, fortalecido com D. Afonso III (1210-1279), com a doação do principal instrumento de autonomia concelhia - ao mesmo tempo que de incentivo ao repovoamento -, ou seja, o foral, confirmado no reinado de D. Afonso IV (1291-1357) e renovado por D. Manuel I (1469-1521), em 1514. Uma pacificação das suas terras que possibilitou a realização de uma ampla e consecutiva campanha de obras, construindo-se inúmeros edifícios que voltaram a dotar a cidade de uma monumentalidade há muito olvidada.
De entre as estruturas erguidas à época consta o pelourinho, símbolo maior da autonomia judicial, conquanto tivesse sido apeado em 1870, para ser reerguido em 1910, antecedendo nova deslocação e reposição, tal como sucedeu com diversos exemplares existentes no país, originando, sem dúvida, pequenas intervenções de restauro.
Assente em plataforma com cinco degraus quadrados reforçada por base de um único degrau com a mesma configuração, o fuste da coluna do pelourinho ergue-se sobre grande paralelepipédico chanfrado nos ângulos e moldurado inferior e superiormente, inscrevendo-se no estilo manuelino pelos toros espiralados que o compõem. Mas sobretudo pelo capitel, onde coexiste uma pirâmide truncada invertida lavrada nas faces - uma das quais ostentando brasão -, perfazendo tabuleiro quadrado encimado por colunelos torcidos nos cantos e um quinto, ao centro, a suportar esfera armilar.
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publicado por Albano Nascimento às 21:41
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Domingo, 21 de Setembro de 2014

CHAVES - COMEMORAÇÕES DOS 500 ANOS DO FORAL MANUELINO

Integrando um dos seis concelhos da região do 'Alto Tâmega', Chaves encerra no seu termo testemunhos de origens muito remotas, ainda que predominem os vestígios correspondentes à Idade do Ferro - a exemplo dos povoados fortificados de altura - e do período romano, altura em que se ergueram múltiplas construções, especialmente no que se referia ao sistema viário, evidenciando, a par da localização estratégica da região, a fertilidade dos seus terrenos, riqueza termal das suas águas e abundância mineral dos seus subsolos, razões maiores da presença humana nos seus múltiplos recantos.
Antiga e imponente Aqua Flaviae romana, pontuada de várias tipologias arquitectónicas características de uma urbe da sua importância, Chaves acumulou valências ao longo dos tempos, convertendo paulatinamente o anterior núcleo urbano na área onde se ergue a igreja Matriz nos nossos dias. Não obstante, a sua imponência foi mitigando a partir do século III, nomeadamente com as denominadas "invasões bárbaras", ditando a destruição quase total da cidade romana, uma situação agravada durante a presença moura, com as intermináveis incursões bélicas e a consequente fuga populacional para as montanhas, até que, já no século XI, D. Afonso III (848-912), o 'Magno', de Castela, a reconquistou, ordenando a sua reconstrução e repovoamento. Chaves, porém, integraria 'Portugal' apenas em 1160.
Uma permanente instabilidade perfeitamente compreensível à luz da sua condição fronteiriça, conduzindo ao levantamento, por iniciativa de D. Dinis (1261-1325), do extenso sistema defensivo ainda hoje parcialmente visível na cidade, fortalecido com D. Afonso III (1210-1279), com a doação do principal instrumento de autonomia concelhia - ao mesmo tempo que de incentivo ao repovoamento -, ou seja, o foral, confirmado no reinado de D. Afonso IV (1291-1357) e renovado por D. Manuel I (1469-1521), em 1514. Uma pacificação das suas terras que possibilitou a realização de uma ampla e consecutiva campanha de obras, construindo-se inúmeros edifícios que voltaram a dotar a cidade de uma monumentalidade há muito olvidada.
De entre as estruturas erguidas à época consta o pelourinho, símbolo maior da autonomia judicial, conquanto tivesse sido apeado em 1870, para ser reerguido em 1910, antecedendo nova deslocação e reposição, tal como sucedeu com diversos exemplares existentes no país, originando, sem dúvida, pequenas intervenções de restauro.
Assente em plataforma com cinco degraus quadrados reforçada por base de um único degrau com a mesma configuração, o fuste da coluna do pelourinho ergue-se sobre grande paralelepipédico chanfrado nos ângulos e moldurado inferior e superiormente, inscrevendo-se no estilo manuelino pelos toros espiralados que o compõem. Mas sobretudo pelo capitel, onde coexiste uma pirâmide truncada invertida lavrada nas faces - uma das quais ostentando brasão -, perfazendo tabuleiro quadrado encimado por colunelos torcidos nos cantos e um quinto, ao centro, a suportar esfera armilar.
[AMartins] ( IPAAR)

publicado por Albano Nascimento às 23:33
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Quinta-feira, 14 de Agosto de 2014

SALAMANCA - ESPANHA


publicado por Albano Nascimento às 14:53
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Quinta-feira, 7 de Agosto de 2014

RONDA - Andaluzia - Espanha


publicado por Albano Nascimento às 23:04
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